António Costa teria optado por baixar o IRS em contrapartida ao IRC
Pacheco Pereira surpreendeu ao fazer-se acompanhar na TV de um tijolo e um berlinde para definir o OE.
No programa Quadratura do Círculo da SIC Notícias, Costa afirmou que “se houvesse margem para a redução do IRS” deveria ter sido esta a opção.
Costa alegou as expectativas que as empresas têm num maior consumo dos seus produtos com o facto de haver mais dinheiro nos bolsos dos portugueses. O PS anunciou hoje que votará contra a proposta de Orçamento do Estado para 2015.
“O que mais limita o investimento das empresas é a falta de expectativas que têm relativamente à procura dos seus bens e dos seus serviços”, afirmou.
Também nesta quinta-feira, o candidato socialista a primeiro-ministro considerou "um artifício" a criação, pelo Governo, de um crédito fiscal aplicado à sobretaxa do IRS, mas salientou que um Governo PS terá muito prazer em devolver impostos aos contribuintes.
António Costa falava na Assembleia da República, no final de uma reunião de três horas e meia com um conjunto de economistas, muitos deles ex-membros de governos de António Guterres e de José Sócrates ou ideologicamente próximos do PS.
"É mais um artifício deste Orçamento, já que cobra agora para o PS o devolver a seguir no Governo. Teremos muito prazer em fazê-lo. Estamos confiantes que os portugueses confiarão em nós", afirmou Costa.
O candidato a secretário-geral do PS acabou por ser mais claro na Quadratura do Círculo do que nas declarações aos jornalistas sobre o Orçamento do Estado e a redução dos impostos, deixando claro que, se tivesse margem, baixaria o IRS.
A Quadratura do Círculo desta quinta-feira ficou ainda marcada pelo facto de Pacheco Pereira ter apresentado um tijolo e um berlinde. O tijolo, explicou, representava a realidade do Orçamento do Estado para 2015 e o berlinde a verdade.