Rui Luís criticou o “desrespeito total da companhia” pelos trabalhadores, afirmando que há uma “total má gestão da TAP”. O presidente do SNPVAC deu como exemplo “o tratamento das lactantes”, explicando que houve um acordo “para que voassem no máximo 10h30, mas não está a ser cumprido”.

A decisão de avançar com quatro dias de greve foi tomada na terça-feira à noite, numa assembleia dos tripulantes. De acordo com Rui Luís, a votação foi “unânime”, tendo contado com o voto favorável de “mais de 200 trabalhadores”, incluindo votos por procuração.

A greve está agendada para os dias 30 de Outubro, 1 e 30 de Novembro e 2 de Dezembro. O presidente do SNPVAC diz, no entanto, que “estão abertos ao diálogo”. Afirma, porém, que “não querem mais promessas, mas sim medidas para cumprir”.

Já em Agosto, a TAP enfrentou uma greve de 24 horas convocada pelos pilotos, que obrigou ao cancelamento de 70 voos. A companhia estima uma perda de cinco milhões de euros em receitas por cada dia completo de paralisação.

No entanto, o tribunal arbitral do Conselho Económico e Social define sempre serviços mínimos, que regra geral abrangem parte dos voos para as regiões autónomas e, em alguns casos, têm protegido ligações a destinos com forte presença de emigrantes portugueses.