Colocação de professores deve ser descentralizada, defende Passos Coelho

Para o primeiro-ministro, é preciso "normalizar a colocação, assegurar aulas de compensação e procurar compensações para os professores que tenham tido prejuízos com este processo"

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Daniel Rocha

Passos Coelho afirmou que "a nova forma de colocação de docentes" utilizada este ano pretendia "responder a críticas que eram feitas à forma como as colocações decorriam", tendo estas alterações acompanhado um "maior grau de descentralização".

Segundo o primeiro-ministro, o Governo quer que este processo possa "vir a ser tão descentralizado quanto possível" na forma como os professores são contratados e depois escolhidos ao nível das escolas.

No presente ano lectivo, pretendia-se "disponibilizar uma plataforma a partir da qual se pudesse ponderar por um lado o percurso que os docentes têm e, por outro, as preferências das escolas na contratação de professores". Contudo, "houve um erro que foi assumido" por parte do Ministério da Educação e que está já "a ser corrigido", sublinhou o governante, que espera que as suas consequências possam ser colmatadas o mais rapidamente possível.

Para o primeiro-ministro, é preciso "normalizar a colocação, assegurar aulas de compensação e procurar por via administrativa compensações para os professores que tenham tido prejuízos com este processo". É ainda necessário "estabilizar a situação e reflectir" sobre "todas as alterações que se venham a relevar importantes" para o processo de colocação de professores.

Já na segunda-feira o Presidente da República, Cavaco Silva, tinha falado na colocação de professores de forma descentralizada. Defendendo a necessidade de uma "reflexão séria" sobre o assunto, uma vez que as coisas não tinham "corrido bem" no início deste ano lectivo, Cavaco recordou os tempos em que viveu em Inglaterra: "Os problemas na colocação de professores nunca se colocavam. Porquê? Porque penso que havia uma descentralização e não era tudo resolvido no Ministério da Educação"