Fundo do Aleixo reúne-se com a Câmara do Porto na próxima sexta-feira

Rui Moreira diz que o que está em curso "não é uma auditoria", porque só a CMVM tinha competência para a ordenar.

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A solução de Rio para o Bairro do Aleixo continua a gerar polémica Adriano Miranda

Questionado pelo vereador da CDU, Pedro Carvalho, sobre a auditoria anunciada pela câmara à situação do fundo do Aleixo, o presidente da câmara, Rui Moreira, clarificou que o que está em curso “não é uma auditoria ao fundo”, mas a elaboração de um relatório interno sobre o mesmo. Aos jornalistas, no final da reunião pública do executivo, o presidente explicou: “A câmara não tem competência para pedir uma auditoria, o fundo só pode ser auditado pela CMVM [Comissão do Mercado de Valores Mobiliário]”. Segundo Moreira, está a ser avaliada a situação financeira do fundo e a sua relação com a câmara, nomeadamente, no cumprimento das premissas a que o Invesurb estava obrigado, no que se refere ao realojamento dos moradores.

O autarca não adiantou qualquer informação sobre os eventuais resultados da análise em curso, mantendo apenas que espera ter “uma primeira versão pronta ainda em Setembro”. Rui Moreira reiterou que a câmara não vai fazer qualquer aumento de capital, defendendo que “esse não é o caminho”.

Enquanto Amorim Pereira, do PSD, frisava que o mais importante nesta questão é “o que vai ser do fundo”, o vereador comunista já dá o Invesurb como terminado. “É preciso clarificar desde já a situação. O fundo não tem liquidez, portanto a operação tem de ser cancelada”, defendeu Pedro Carvalho. Para o vereador da CDU a única coisa que resta à câmara é “defender o seu interesse e garantir que não perde dinheiro”.

O Invesurb é detido em 37% pelo empresário António Oliveira, em 33% pela Espart, do universo BES, ficando a Câmara do Porto com os restantes 30%. 

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