Quarta-feira é o último dia das retroescavadoras nas praias da Caparica
Reposição de um milhão de metros cúbicos de areia custou cinco milhões de euros. Trabalhos acabam uma semana antes do previsto.
Em comunicado, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) informa que está prevista para quarta-feira a conclusão das “intervenções estruturantes e absolutamente necessárias para a protecção deste troço costeiro”. O prazo inicialmente apontado para o fim dos trabalhos era 26 de Agosto.
A obra, adjudicada por cerca de cinco milhões de euros - pagos por fundos comunitários - à empresa Rohde Nielsen, implicou a alimentação artificial de um milhão de metros cúbicos de areia ao longo de uma frente marítima de cerca de 4 quilómetros.
Os trabalhos no terreno começaram no início de Julho, nas praias da Costa da Caparica - Nova Praia/Saúde, Praia Nova, Dragão Vermelho, Tarquínio/Paraíso (a primeira a ser intervencionada), CDS, Santo António e Norte – e de S. João da Caparica, neste caso divididos em vários troços.
Nas praias mais pequenas foi necessário fechar todo o areal durante a reposição, mas nas maiores apenas foram fechados alguns segmentos, deixando lado a lado os chapéus-de-sol e a retroescavadora. As máquinas foram espalhando, com um braço metálico, a areia que chegou às praias através de uma extensa tubagem de metal e borracha, cuja “boca” estava colocada no mar a 700 metros da costa. Os tubos foram alimentados por uma draga que retirou areia do fundo do canal do Porto de Lisboa, da zona onde o Tejo encontra o oceano Atlântico.
“Através de um planeamento rigoroso, que pressupôs a realização da obra de forma faseada e por troços, foi possível garantir o normal usufruto da época balnear, em condições de segurança para pessoas e bens”, afirma a APA no comunicado.