EUA apelam à Rússia que pare com “provocações” à Ucrânia

Tensão sobe de tom nas últimas 24 horas junto à fronteira russo-ucraniana.

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Militar ucrâniano junto à posto de controlo nos arredores de Donetsk Valentyn Ogirenko/Reuters

“Mesmo quando estamos ainda a trabalhar para reunir informação, reiteramos a nossa preocupação quanto às repetidas incursões russas e pró-russas na Ucrânia”, reforçou, em comunicado, a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional do Presidente Barack Obama, Caitlin Hayden.

O apelo da Casa Branca segue-se a uma sexta-feira intensa junto à fronteira russo-ucraniana. Kiev alegou que destruiu parte de uma coluna de blindados russos que entraram no seu território. Moscovo negou, por sua vez, a entrada das suas forças no país vizinho e acusou a Ucrânia de avançar com informações “fantasiosas”. Os russos lançaram uma inspecção à caravana humanitária enviada por Moscovo para socorrer as populações cercadas das cidades de Lugansk e Donetsk.

Na manhã de ontem, alguns jornais e agência noticiosas tinham já dado conta da mobilização de dezenas de tanques russos junto à fronteira ucraniana e que parte desses veículos tinham mesmo entrado em território ucraniano.

A tensão na região está sob a vigilância da comunidade internacional, com a Rússia a ser duramente criticada pelas decisões que tem tomado junto à fronteira com a Ucrânia. Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia discutiram a situação regional e falaram numa “violação grave do direito internacional” e apelaram à Rússia que parasse “imediatamente as hostilidades”.

O secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, considerou que os desenvolvimentos de sexta-feira são “uma clara demonstração do envolvimento da Rússia no conflito em curso no Leste da Ucrânia”. 

O Reino Unido convocou o embaixador da Rússia em Londres para esclarecimentos sobre a incursão de soldados russos em território ucraniano. O Presidente francês, François Hollande, lembrou que a Rússia tem a obrigação de “respeitar a integridade territorial da Ucrânia”. A chanceler alemã, Angela Merkel, falou ao telefone com o Presidente russo. A Vladimir Putin pediu o “fim do fluxo de material militar, conselheiros militares e tropas armadas que passam a fronteira com a Ucrânia”.

Por seu lado, a Casa Branca avisou que a “escalada na actividade russa destinada a desestabilizar a Ucrânia nas últimas semanas é extremamente perigosa e provocadora”. “Isso inclui abastecer combatentes separatistas com tanques, blindados, artilharia e lançadores de rockets”, acrescentou a nota de Washington.

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