“2013 foi o Pontal da esperança, 2014 é o da mobilização”, diz Marco António Costa
“2013 foi o Pontal do início da esperança. 2014 é o Pontal da mobilização de todos os dirigentes, militantes, simpatizantes do PSD e de todos os portugueses que querem vencer esta crise”, afirmou Marco António Costa, depois de fazer um historial dos discursos de Passos Coelho nas quatro festas anteriores.
Lembrou que Passos se estreou em 2010, acabado de ser eleito; que 2011 ali estiveram, recém- empossados como Governo, “muito apreensivos e preocupados” com o “pesadelo da herança” deixada pelo PS. E falou de 2012, o “ano terrível” e o seu Pontal “do desânimo” – talvez por isso se tenha fechado num hotel de quatro estrelas aqui perto –, com a economia de rastos, o desemprego galopante. “E nem assim o nosso líder desistiu de mandar uma mensagem de estímulo e ânimo aos portugueses”, disse Marco António Costa de Passos Coelho – e haveria de mencionar o “nosso líder” mais vezes durante mais de 15 minutos de discurso.
“Para que 2015 seja o Pontal para vencermos as eleições legislativas, temos muito trabalho a fazer até lá”, avisou o responsável do PSD. “Temos que mobilizar e esclarecer os portugueses. Combater uma oposição pessimista e imobilista e vencer os velhos do Restelo que continuam a pulular na nossa política nacional e na nossa democracia”, afirmou.
Defendeu que é preciso “vencer os pessimistas”, aqueles que “andam tão entretidos nas lutas internas que nem se dão ao trabalho de comentar” os dados da melhoria económica. “Temos um PS que vive algemado. Não mexeu uma palha para ajudar Portugal a inverter o ciclo em que tinham deixado o país em Maio de 2011”, criticou o responsável social-democrata.
"Sabemos que a crise foi obra do PS e retirar Portugal da crise está a ser obra dos portugueses e do PSD", gritou Marco António Costa, quase sem voz.
O vice social-democrata criticou tanto António Costa como António José Seguro por apresentarem “promessas a pataco”, umas copiadas entre si, outras que o Governo até já está a implementar ou a estudar porque acham que os portugueses “estão desatentos”. E lembrou as propostas e ideias do Executivo em áreas pouco exploradas como a natalidade, a economia verde, o turismo sustentável, a economia social, a reforma da administração pública, o mundo rural e a reindustrialização, que fazem parte de uma agenda “de futuro” do partido do Governo.
Antes de Marco António Costa discursar fora a vez dos presidentes das distritais do PSD e da JSD e também da secção de Loulé. De todos se ouviu um pedido a Pedro Passos Coelho: que olhe pelo Algarve e que arranje uma solução para os problemas de falta de recursos humanos nos serviços de saúde, alvo de reestruturação que tem motivado queixas e manifestações de utentes e autarcas. Passos haveria depois de referir-se ao assunto, mas desculpando-se que as políticas são aplicadas para todos – mesmo que os do seu partido não gostem.