Bombo furado nos protestos anti-portagens na A25
"Há sempre alguém que resiste", disse João Vasconcelos, líder do grupo que, por esta altura, todos os verões sai à rua para "estragar as férias" dos políticos.
O presidente da Republica, Cavaco Silva, na sua casa de férias na praia da Coelha (Albufeira) e Passos Coelho, na Manta Rota (Monte Gordo) têm sido os "bombos da festa", mas as vozes de protesto não lhes chegou aos ouvidos.
"Prometemos na Manta Rota que vínhamos ao Pontal, cá estamos", disse João Vasconcelos, vereador da câmara de Portimão, eleito pelo Bloco de Esquerda.
João Martins foi o primeiro do grupo, que reuniu sete pessoas, para protestar no Calçadão. Chegou ainda o recinto estava vazio. "Está na hora do o Governo ir embora" foi a frase que repetia de forma sincronizada, ao som do rufar de um tambor, que de tanto bater já furou de um lado.
Pelo meio chamava "ladrões" aos governantes, por cortarem salários e reformas, e assim durante mais de uma hora, procurou agitar as águas da politica, antes de ser servido o jantar.
Por seu lado, João Vasconcelos reafirma as criticas ao primeiro-ministro: "Já que não teve coragem de acabar com as portagens, que se demita". Os elementos da GNR andaram por perto, observaram à distância, mas não intervieram.
Os apitos e as batidas do tambor foram uma presença constante ao longo da noite, mas não chegaram ao palco onde discursou Pedro Passos Coelho, no recinto do Calçadão da Quarteira onde se realiza a festa do PSD que mantém, 34 anos depois, o nome do lugar originário da iniciativa iniciada por Sá Carneiro. O verdadeiro Pontal, esse, fica em descanso num pinhal a alguns quilómetros de distância.