Número de transplantes volta a aumentar no primeiro semestre deste ano

A doação de órgãos voltou a crescer nos primeiros seis meses deste ano, depois de vários anos complicados.

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Já em 2011 se tinha verificado uma quebra no número de transplantes feitos em Portugal AFP

Este incremento permitiu inverter a tendência para a diminuição do número de dadores que se começou a sentir em 2010 e se agravou em 2012, ano em que a taxa de doação registou o seu ponto mais baixo, com 23,9 dadores por milhão de habitante. "A reestruturação do IPST e a reorganização por este implementada a nível da rede nacional de coordenação de colheita hospitalar permitiu um aumento do número de dadores em 2013, com uma taxa de doação de 28,3 dadores" por milhão de habitantes, justifica o IPST. No ano passado, o número de  transplantes já tinha aumentado.

“Este crescimento só foi possível ao trabalho dos gabinetes coordenadores de colheita e transplantação e dos coordenadores hospitalares de doação, sem os quais não podíamos atingir estes valores de colheita e, consequentemente, o aumento do número de órgãos transplantados”, explica o instituto.

Há cerca de um mês, no 45º aniversário do primeiro transplante em Portugal, o presidente do IPST, Hélder Trindade, sublinhou que, se o crescimento se mantiver a este ritmo, há mesmo condições para que Portugal chegue este ano ao “terceiro lugar por milhão de habitantes” nas colheitas, depois de vários anos complicados. 

Os números de transplantes e de dadores estavam a cair desde 2010. Mas em 2013 já se sentiu uma recuperação e os dados do primeiro semestre deste ano apontam para um aumento da ordem dos 20% nos transplantes e de 19% nas colheiras de órgãos, segundo adiantou então a o presidente da Sociedade Portuguesa de Transplantação, Fernando Macário. O médico lembrou, porém, que é importante optimizar a colheita de órgãos.

Além do rim, em Portugal fazem-se transplantes de coração, fígado, pulmão, córnea, medula e osso.

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