Mais de 420 chefes interpõem acção judicial contra MAI e director nacional da PSP

Polícias reclamam colocação nos novos escalões remuneratórios.

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Suspeitos tentaram fugir mas foram interceptados pela PSP pouco depois Manuel Roberto

Na acção administrativa comum - apresentada na quarta-feira contra o MAI, Luís Farinha e Paulo Valente Gomes, actual e anterior director nacional da PSP, respectivamente - à qual a agência Lusa teve hoje acesso, o sindicato, em nove de 426 associados, reclama a colocação dos chefes nos novos escalões remuneratórios, com efeitos retroactivos a 01 de Janeiro de 2013.

"A Direcção Nacional [da PSP] colocou alguns chefes com menos anos de posto do que outros [em determinados níveis remuneratórios], o que fez com que esses elementos ficassem a ganhar mais do que elementos mais antigos no posto. Até à data, a Direcção Nacional ainda não repôs esta irregularidade e, por isso, vimo-nos obrigados a intentar agora esta acção para que a situação seja resposta", explicou o presidente do SUP, em declarações à Lusa.

Peixoto Rodrigues sublinha que os 426 chefes "sentem-se injustiçados" com a situação, acrescentando que são cerca de 100 euros a diferença entre o actual escalão remuneratório e aquele em que os chefes deviam já estar colocados, segundo a nova tabela remuneratória.

"O grave da questão é que há chefes muito mais novos do que estes que estão agora a intentar a acção que estão a ganhar mais do que eles. Isto em termos práticos não é possível. Sentem-se injustiçados e por isso esta acção agora intentada" salienta o dirigente sindical.

Peixoto Rodrigues faz questão de sublinhar que, no decorrer do ano passado, o MAI emanou um despacho conjunto com a ministra das Finanças, para que esta situação fosse regularizada, mas que, até à data, "isso ainda não foi feito".

Na sexta-feira, numa reunião com sindicatos, o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, admitiu vir a corrigir a situação de cerca de 3000 agentes que ainda recebem os seus salários de acordo com escalões extintos, como o PÚBLICO noticiou. A situação já se arrasta desde 2010.

O presidente do SUP espera que a acção agora apresentada em tribunal sirva para que a Direcção Nacional da PSP "corrija a irregularidade".