Ricardo Salgado espera o "tempo e o contexto" para se pronunciar sobre "queda abrupta" do BES

Em comunicado, ex-presidente do banco diz que aguarda o relatório da auditoria que está a ser feita pelo Banco de Portugal e pela PwC.

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Ricardo Salgado JOSé MANUEL RIBEIRO/REUTERS

Em comunicado emitido já esta tarde, o ex-presidente do BES, que foi no mês passado constituído arguido no âmbito do processo Monte Branco, e para quem as autoridades de supervisão financeira remetem as culpas da situação de pré-insolvência a que o grupo se encontrava no final da semana anterior, refere que “se reserva o direito de se pronunciar sobre as mesmas” nessa altura.

As declarações de Salgado, que tem como advogado Daniel Proença de Carvalho, surgem menos de 24 horas depois de o Banco de Portugal ter anunciado o fim do BES. E a reabertura (hoje) com uma nova marca, Novo Banco, para onde se transferiram os depositantes, os  bons créditos e os recuperáveis, bem como todos os trabalhadores e as agências. Os accionistas (o GES tinha 20% do capital) daquele que foi até ontem o segundo maior banco privado português ficaram na posse de um banco-mau, que mantém a designação BES, e que recebeu os activos-tóxicos. 

“Quando o tempo e o contexto permitirem uma análise objectiva e serena do que precipitou a queda abrupta do valor do BES e a consequente intervenção do Estado”, então nessa altura, “o Dr. Ricardo Salgado pronunciar-se-á sobre o que, na sua perspectiva, provocou esta crise e o seu desfecho”, lê-se na nota enviada à comunicação social.

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