Manifestação proibida em Paris aconteceu e acabou com algumas cenas de violência
Forças de ordem acabaram por tolerar ajuntamento na Praça da República, que decorreu de forma pacífica durante algumas horas. Depois grupos radicais envolveram-se em confrontos com a polícia
Apesar do desfile ter sido proibido pelas autoridades, que consideraram haver risco de violência, cerca de 5 mil pessoas juntaram-se ao início da tarde na Praça da República, ponto de partida inicial do desfile, mas sem procurarem avançar pelo trajecto previsto inicialmente pelos organizadores. As forças policiais presentes no local toleraram o ajuntamento, que decorreu inicialmente de forma pacífica, mas mantiveram um importante aparato de segurança em redor de toda a praça.
Os confrontos aconteceram entre grupos específicos de jovens, muitos deles de rosto tapado, e a polícia. Os primeiros lançaram pedras, latas, petardos. Os segundos responderam com gás lacrimogéneo e com a detenção de pelo menos 40 pesssoas, 20 das quais ficaram em prisão preventiva. Muitos dos que se manifestaram incialmente de forma pacífica optaram por abandonar o local.
"Esta manifestação é ilegal mas para nós ela é mais do que legítima. Trata-se de manifestar a nossa solidariedade com um povo que está a ser massacrado”, explicou à agência AFP Hugo, um jovem militante do Novo Partido Anticapitalista (NPA, extrema-esquerda), uma das organizações que apelou ao protesto.
Ao fim do dia tarde, segundo o jornal Liberátion, a Praça da República estava já praticamente vazia. Cerca de 150 elementos mais radicais continuavam a provocar as forças de ordem, em número bem maior do que o deles. Alguns polícias iam dizendo aos manifestantes que restavam para irem para casa. E que fossem de metro, porque a ordem era ainda de manter a praça fechada, de forma a evitar cenas de vandalismo nas ruas adjacentes, bem no centro de Paris.
Em Londres, mais de 10 mil pessoas desfilaram, sem incidentes, para exigir o fim da operação militar israelita em Gaza.