Esta medida entra em funcionamento já esta sexta-feira a partir das 20h00, altura em que deixa de ser possível circular ou estacionar naquela zona, e os moradores que querem ter acesso ao parque têm de apresentar um documento que prove que residem ali. O estacionamento é gratuito e as viaturas podem permanecer até às 10h00 de domingo.

A partir da próxima semana, para que o acesso ao parque seja mais ágil e rápido, o município recomenda os moradores que se desloquem à União de Freguesias do Centro Histórico, munidos do livrete do veículo e documentos comprovativos da residência, para que a autorização de acesso gratuito ao parque se efectue de forma automática.

Estas medidas acontecem depois dos incidentes registados nos dois primeiros fins-de-semana em que passou a ser proibido circular e estacionar nas ruas da movida portuense. A câmara, presidida por Rui Moreira, quer assim, evitar que situações idênticas voltem a ocorrer naquela zona que acolhe milhares de pessoas ao fim-de-semana.

O presidente da câmara do Porto esteve no sábado passado no local onde na véspera se registou um incidente entre moradores e a Polícia Municipal quando procedia ao reboque de um veículo da Rua Galeria de Paris e que provocou grande confusão. Por precaução, uma equipa de intervenção rápida da PSP esteve no local.

Desde o dia 11 de Julho que a câmara do Porto implementou um conjunto de medidas que alargam a oferta de mobilidade na cidade (o que inclui o funcionamento 24 horas de duas linhas da Metro do Porto e o reforço da rede durante a madrugada da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto) e condicionam o trânsito automóvel nas ruas das Carmelitas, Cândido dos Reis, Galerias de Paris, Fábrica, Aviz, Santa Teresa e Conde de Vizela.

Para além do estacionamento gratuito no parque municipal, uma outra alteração tem a ver com o horário de interdição de circulação e estacionamento, que foi antecipado em duas horas, passando a vigorar desde as 20h00 até às 04h00. Segundo a Câmara do Porto, estas alterações, visam “melhorar os níveis de segurança e tranquilidade daquela zona, encorajar o uso do transporte público e, ao mesmo tempo, avaliar o eventual alargamento de ruas pedonais a outros arruamentos do Centro Histórico do Porto”.

As novas regras decretadas pela autarquia obrigaram a mudar toda a sinalética (de trânsito) existente nos arruamentos interditos ao tráfego automóvel.

Em Outubro, a câmara do Porto irá fazer uma avaliação das medidas tomadas em relação à zona de animação nocturna e decidir se elas se vão manter ou não. Neste momento, a autarquia faz um balanço positivo das alterações feitas, mas o exame final será mesmo no Outono. É provável que até lá, o processo de instalação do sistema de videovigilância que o município pretende colocar no perímetro da zona da movida já possa estar concluído.

A câmara está em negociações com o Ministério da Administração Interna e o processo, segundo fonte da autarquia, está bem encaminhado. Mas esta é uma questão que não passa apenas pelo MAI já que a Comissão Nacional de Protecção de Dados também tem uma palavra a dizer.

A videovigilância é um “objectivo da câmara e o ideal”, garante a mesma fonte, é que entrasse em vigor ainda durante o período experimental.