“Esta cidade [Londres] está ainda melhor que o ano passado, por isso lembrem-se: dancem, dancem, dancem. Depois sentem-se por um minutos, tricotem qualquer coisa, depois levantem-se e corram por aí. Façam-no. Adoro-vos. Mais música em breve. David.” Foi esta a mensagem que o músico enviou para ser lida num evento de angariação de fundos no 12 Bar, em Londres – Bowie doou alguns objectos seus para serem leiloados a favor da Terrence Higgins Trust, uma organização para a ajuda de doentes com HIV.

O regresso de Bowie aconteceu em Março de 2013 com o lançamento do seu 24º álbum gravado em estúdio, que foi bem acolhido pela crítica – “É um álbum de alguém que está profundamente vivo”, escrevemos na altura – e pelo público, que o colocou, por exemplo, no primeiro lugar do top oficial de vendas do Reino Unido.

Com o álbum veio também a exposição David Bowie is no museu britânico Victoria & Albert – uma retrospectiva com 300 objectos sobre a sua carreira com todas as influências que recebeu e teve na cultura contemporânea, no teatro e no design. A exposição que recebeu mais de 300 mil entradas, segundo o museu, entrou em digressão: já esteve em Ontário, no Canadá, em São Paulo, no Brasil e está agora em Berlim, no museu Martin-Gropius-Bau, onde a data de fim da exposição teve de ser alargada por causa da procura de bilhetes – encerra agora a 10 de Agosto. Depois de Berlim, segue para Chicago, para o Museu de Arte Contemporânea.

A partir desta exposição foi ainda realizado o filme David Bowie Is Happening Now, que foi exibido ainda uma única vez, no dia de encerramento da exposição no Victoria & Albert, em Agosto de 2013. O curador de teatro e performance deste museu, Geoffrey Marsh, está à procura da forma de o exibir em mais salas. “Tivemos 200 transmissões no Reino Unido e vendemos cerca de 35 mil bilhetes. Gostariamos muito de o distribuir globalmente e estamos neste momento a trabalhar nisso, sem que haja uma data por enquanto”, disse em Maio.