Os ataques israelitas são os mais recentes episódios na escalada de tensão que se agravou depois de, na semana passada, um adolescente palestiniano,  Mohammad Abu Khdeir, de 16 anos,  ter sido queimado vivo em Jerusalém Oriental, aparentemente numa represália pela morte de três rapazes israelitas.

O Hamas informou que seis dos seus combatentes foram mortos num único ataque aéreo em Rafah, no Sul. Os serviços de emergência confirmaram a morte de duas pessoas, quatro outras terão ficado soterradas sob os escombros de um edifício. Três outros militantes morreram em raides isolados, em resposta ao lançamento de rockets e morteiros contra Israel.

As autoridades israelitas justificaram os ataques aéreos, que informou terem tido como alvo dispositivos ocultos de lançamento de rockets, como uma resposta a pelo menos 25 ataques de que o país foi alvo no domingo. Os combatentes do Hamas já anunciaram que Israel pagará um “preço tremendo”

A polícia de Israel deteve entretanto seis nacionalistas judeus por suspeita de envolvimento na morte do adolescente palestiniano, ocorrida após o assassínio de três jovens israelitas, dois de 16 anos - Naftali Frenkel e Gilad Shaer - e um de 19 - Eyal Yifrach - na Cisjordânia.

Os detidos por suspeito de envolvimento na morte de Khdeir serão jovens, alguns deles menores.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, prometeu levar à justiça os assassinos do adolescente palestiniano . “Não permitiremos extremismos, não importa de que lado”, disse. O funeral do adolescente, na sexta-feira, deu origem a confrontos entre a polícia israelita e jovens palestinianos em Jerusalém Oriental e em cidades do Norte de Israel.

O correspondente da BBC em Jerusalém noticiou que Israel deteve centenas de membros do Hamas durante as buscas que fez para encontrar os raptores dos israelitas mortos, o que ajudaria a explicar a intensificação do lançamento de rockets contra o seu território.