Treino e estudo foram o segredo para guarda-redes da Holanda defender penáltis
Tim Krul já sabia que entraria em campo se houvesse desempate por grandes penalidades.
“Toda a gente na equipa tem certas qualidades e nem sempre elas estão à vista. Descobrimos que entre os guarda-redes Tim Krul era o melhor para defender penáltis, porque tem uma maior amplitude e observámos os penáltis da Costa Rica [frente à Grécia]”, explicou Louis Van Gaal, o seleccionador holandês, depois do jogo em que a sua equipa eliminou os costa-riquenhos.
Tim Krul nem era tido como um especialista, já que no seu clube, o Newcastle, apenas defendeu duas em 20 grandes penalidades. Mas o estudo que fez da Costa Rica e o treino resultaram em pleno.
“Estudámos os penáltis e podem ver que o Krul escolheu sempre o lado certo. Estou realmente orgulhoso por ter resultado”, acrescentou Van Gaal, revelando que o guarda-redes titular, Jasper Cillessen, não sabia que iria ser subsituído. “Não disse nada ao Jasper Cillessen antes do jogo, porque não o quis distrair.”
A estratégia arriscada – imagine-se o que aconteceria se a Holanda tivesse perdido – permitiu aos holandeses contrariarem a tradição nos penáltis, em que tinham vencido apenas um dos cinco desempates em grandes competições.
Tim Krul, que teve uma das mais estranhas e impressionantes estreias em campeonatos do mundo, admitiu que “não foi [uma situação] normal”: “Ficas todo o jogo no banco e depois entras para defender penáltis. Não sei o que dizer”, confessou o guarda-redes, qualificando como “inacreditável” e um “sonho” o que lhe aconteceu.
No desempate por penáltis frente à Grécia, a Costa Rica tinha sido bem-sucedida em todos os remates. Mas desta vez Krul parou os penáltis de Bryan Ruiz e Michael Umaña.