Chuva provocou inundações e derrocadas em Alijó

O "dilúvio" que caiu nesta quinta-feira à tarde durou apenas 10 a 15 minutos mas fez estragos avultados.

Os trabalhos de limpeza ainda decorrem na manhã desta sexta-feira, disse José Carlos Rebelo, comandante municipal da Protecção Civil.

"Foi durante cerca de 10 a 15 minutos um dilúvio de água. Muita água em pouco tempo fez com que viesse tudo desembocar na zona baixa da vila do Pinhão", explicou.

O mau tempo provocou, segundo este responsável, derrocadas nalgumas estradas, com mais intensidade na via que liga Favaios, Vale de Mendiz e o Pinhão, bem como a queda de muros.

"Houve ainda várias casas inundadas e prejuízos avultadíssimos" em habitações e no espaço público, acrescentou. De acordo com José Carlos Rebelo, "nas duas casas mais afectadas a água chegava à cintura". O responsável acrescentou que, além dos danos no chão das habitações, contabilizam-se ainda estragos no mobiliário e electrodomésticos.

A vila está localizada na margem do rio Douro, onde desagua também o rio Pinhão. Do outro lado do rio, já no concelho de Sabrosa, um desabamento de terras e de pedras, que caíram de uma encosta de cerca de 80 a 100 metros, soterrou um automóvel que estava estacionado junto à estrada. António Pereira, secretário da Junta de Gouvães do Douro, disse àLusa que "veio uma enxurrada com pedra e terra que soterrou um carro que estava estacionado e, no momento em que estava a cair a pedra, ia a passar um jipe que foi atingido. O condutor conseguiu fazer marcha atrás e salvou-se".

O comandante adiantou que, logo após o mau tempo, dezenas de elementos dos bombeiros, dos serviços municipalizados e da Estradas de Portugal iniciaram as operações de desobstrução e limpeza das estradas e ajudaram os moradores a limpar as suas habitações.

José Carlos Rebelo afirmou que as operações de limpeza prosseguem esta manhã envolvendo os moradores e os meios da Proteção Civil. "Hoje de manhã vamos dar mais uma volta para tentar perceber exactamente a dimensão dos estragos e até onde se pode ajudar as pessoas", acrescentou. Também o vice-presidente da Câmara de Alijó, José Rodrigues Paredes, afirmou que a autarquia vai fazer o levantamento dos prejuízos e "na medida das suas possibilidades, tentará ajudar".

Segundo José Rodrigues Paredes, não houve necessidade de realojar as famílias afectadas, que optaram por pernoitar em casa de familiares.