Distrital do PS de Viana disputada por dois apoiantes de Seguro
Apoiantes de António Costa ainda equacionam apresentação de candidatura da sua facção à federação distrital.
"Manifestei essa vontade e disponibilidade segunda-feira à noite, na reunião do secretariado da federação, e já estou a desenvolver contactos com as concelhias para formalizar a minha candidatura às eleições de 5 de Setembro", afirmou à Lusa Jorge Fão. O deputado adiantou que já informou dessa decisão o secretário-geral do PS, a quem já manifestou o apoio público.
"Decidi avançar na sequência de ter conhecimento de que, naquele momento, não havia nenhuma outra manifestação de candidatura", sustentou. Garantiu estar já a reunir "todos os elementos para cumprir os requisitos exigidos" para a candidatura, incluindo "a moção que assentará na necessidade de unir, modernizar e reforçar o partido".
Sobre a recandidatura de José Carpinteira, também ele apoiante de António José Seguro, disse apenas ter tido conhecimento informal. "Recebi via correio electrónico uma comunicação de que o actual presidente da federação também está disponível. Não estava à data em que apresentei a minha disponibilidade. Registo o fato de entretanto ter decidido também ser candidato", disse.
Contactado nesta quarta-feira pela Lusa, José Carpinteira anunciou a recandidatura ao cargo que exerce desde 2010 quando substituiu Rui Solheiro, ex-autarca de Melgaço que liderou os socialistas do Alto Minho durante 17 anos. "As razões da minha recandidatura a novo mandato prendem-se com lealdade, interesse colectivo acima dos interesses pessoais e contribuir para a credibilização da política", disse.
Carpinteira foi reeleito em 2012 e não se recandidatou às últimas eleições autárquicas, em Vila Nova de Cerveira, câmara que liderou desde 1990 quando tinha apenas 30 anos, por ter atingido o limite de mandatos.
O líder da concelhia do PS de Viana do Castelo, José Maria Costa, já anifestou o seu apoio pessoal a Jorge Fão.
À Lusa, José Maria Costa, que também é o presidente da câmara da capital de distrito, afirmou tratar-se de uma candidatura "abrangente, que vai reunir um largo consenso" encabeçada por um "excelente quadro do PS". "Tem feito trabalho incansável pelo distrito enquanto deputado na Assembleia da República e, neste momento difícil da vida portuguesa, é importante termos interlocutores com experiência", sustentou.
Contactado pela Lusa o presidente da Câmara de Caminha, que tem liderado, juntamente com os colegas de Ponte da Barca, Monção e Paredes de Coura, o apoio a António Costa na região, afirmou que, nesta altura, não está equacionada a apresentação de uma candidatura "costista" à federação distrital socialista, mas adiantou que esse cenário não está totalmente afastado. Miguel Alves adiantou que estas eleições "nascem da decisão errada de juntar eleições primárias com federativas". "Para estas eleições o apelo deve ser ao entendimento e diálogo franco. Não me parece que se devam misturar as coisas e fazer umas primárias das primárias", observou.