Pró-russos aceitam cessar-fogo temporário no Leste da Ucrânia

Obama falou com Putin e acenou com possibilidade de sanções.

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SERGEY BOBOK/AFP Tropas ucranianas, no Leste do país
“Em resposta ao cessar-fogo decretado por Kiev, comprometemo-nos também, pelo nosso lado, a um cessar-fogo”, disse Alexander Borodai, principal líder da autoproclamada república de Donetsk, citado pela agência Itar-Tass.

A trégua deve prolongar-se até dia 27. O compromisso abrange também, segundo as agências noticiosas, a autoproclamada república de Lugansk.

Na sexta-feira, Poroshenko decretou um cessar-fogo unilateral que apresentou como o início de um plano de paz que implica a deposição das armas por parte dos rebeldes, prevê uma amnistia para os que não tenham cometido crimes de sangue e inclui eleições locais.

O anúncio de cessar-fogo pelos separatistas pró-russos culminou um dia — o primeiro em semanas — em que, até ao fim da tarde, não se registaram confrontos armados no Leste da Ucrânia.

Segundo a Casa Branca, o Presidente norte-americano, Barack Obama, ameaçou entretanto o homólogo russo, Vladimir Putin, com novas sanções se as autoridades de Moscovo mantiverem o seu apoio aos separatistas e não impedirem a entrada de armas na Ucrânia.

Na versão russa de uma conversa telefónica, os dois presidentes discutiram formas de pôr fim à crise ucraniana e Putin sublinhou a importância de um cessar-fogo bilateral e de discussões directas entre as partes envolvidas no conflito.

O Presidente russo “sublinhou que uma verdadeira cessação dos combates e o começo de discussões directas entre as partes em conflito seria a principal prioridade para a normalização da situação nas regiões do sudoeste da Ucrânia”, indica um comunicado Kremlin.

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