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Paulo Bento: “Cometemos erros, que acabámos por pagar caro”

O seleccionador da selecção nacional afirmou que houve alguns momentos “forçados” do árbitro, que condicionaram Portugal.

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FABRICE COFFRINI/AFP

O seleccionador nacional sublinhou que a expulsão de Pepe e o penálti foram dois momentos “forçados”, que resultaram no condicionamento da equipa nos primeiros 45 minutos. “O que eu digo é que existiram dois lances que me pareceram muito tendenciosos e, na dúvida, poderão ter caído mais para o lado da Alemanha”, referiu.

No entanto, Paulo Bento admitiu que não foi apenas o árbitro que esteve na origem da derrota da selecção: “Cometemos erros, que acabámos por pagar caro. Não só erros defensivos, como também em termos ofensivos. A falta de eficácia que demonstrámos na primeira parte, no conjunto de oportunidades que criámos em comparação com a eficácia da Alemanha, foi uma diferença tremenda.”

Para o seleccionador, a história do jogo contra a Alemanha terminou nos primeiros 45 minutos, tendo em conta que a selecção de Joachim Löw tinha entrado a “controlar mais o jogo pela posse”. No entanto, Paulo Bento elogiou o esforço dos jogadores portugueses durante a segunda parte, dada a inferioridade numérica da equipa.

Apesar da fraca posse de bola, Paulo Bento referiu que Portugal criou algumas oportunidades durante a primeira parte e que a selecção alemã não mostrou “superioridade” até ao segundo golo que marcou: “Não me parece que esse resultado (3-0) tenha a ver com aquilo que se passou nos primeiros 45 minutos, até ao momento em que ficámos com dez jogadores. Creio que, durante esses 45 minutos, em termos de oportunidades, não houve superioridade da equipa alemã.”

Quando questionado sobre se vai reformular a equipa no próximo jogo, Paulo Bento reconheceu que terá de arranjar as melhores soluções para as ausências de Fábio Coentrão, Hugo Almeida e Pepe. “Estamos a falar de duas lesões musculares, estamos a falar de uma expulsão. Agora reformular tudo aquilo que diz respeito ao nosso processo, do meu ponto de vista, seria o maior erro que poderíamos cometer. Temos dois jogos pela frente, o próximo já no dia 22 [de Junho]. Continuamos a depender de nós para alcançar o nosso objectivo neste Mundial”, acrescentou.

Para o seleccionador, o momento é de “insatisfação”, mas afirmou que a selecção não pode parar de lutar pelos seus objectivos: “Entrar no Mundial com estes condicionalismos é um momento complicado. Mas continuo a dizer o mesmo: com toda esta adversidade, teremos que lutar por esse objectivo e estou convicto de que o faremos. Estamos proibidos de parar de tentar lutar pelos nossos objectivos”, sublinhou Paulo Bento.

No que diz respeito aos jogos seguintes de Portugal na fase de grupos (EUA e Gana), Paulo Bento afirmou que o que há a fazer é analisar aquilo que foi feito e tentar reagir da melhor maneira no jogo contra os EUA. “Outro objectivo que poderemos, e deveremos ter, é prolongar a nossa estadia, ganhando os próximos dois jogos”, disse.

Texto editado por Jorge Miguel Matias

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