Priscila Fernandes vence prémio EDP Novos Artistas

Foto
Priscila Fernandes venceu a 9ª edição do prestigiado prémio Nuno Ferreira Santos

O vencedor foi dado hoje a conhecer numa cerimónia que aconteceu no Museu da Electricidade, em Lisboa, e que contou com a presença do secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas.

Priscila Fernandes foi escolhida pelo júri internacional constituído pelos portugueses José Manuel dos Santos, director da Fundação EDP, José Pedro Croft, artista, e Alexandre Melo, crítico e curador, e por Moacir dos Anjos, curador brasileiro.

No valor de 10.500 euros, o prémio deverá agora ser aplicado pelo artista vencedor no prosseguimento ou aprofundamento dos seus estudos ou na concretização de um projecto artístico específico.

A jovem artista, a viver actualmente em Roterdão, é licenciada em Pintura no National College of Art and Design, em Dublin, e fez o mestrado em Belas-Artes no Piet Zwart Institute, Willem de Kooning Academy da Universidade de Roterdão. O seu trabalho procura explorar os protocolos de verdade inerentes à transmissão do conhecimento. Através da criação de ambientes primários perturbadores, explora e manipula as convenções estabelecidas, os sistemas e as regras inerentes a uma visualidade pedagógica.

Numa entrevista ao PÚBLICO em Junho, Priscila Fernandes explicou que o prémio EDP Novos Artistas representava um regresso a casa. "Visto que nos últimos anos tenho estudado e trabalhado mais "lá fora" (especialmente nos Países Baixos e Irlanda)."

O júri destacou ainda o trabalho de André Trindade, a quem dirigiu uma menção honrosa.

Esta 9ª edição do prémio contou com 408 candidaturas, tendo sido seleccionados nove artistas (Ana Manso, André Trindade, Carla Filipe, Catarina Botelho, Catarina Dias, João Serra, Nuno da Luz, Priscila Fernandes e Vasco Barata), por um júri constituído pelos críticos e curadores Delfim Sardo, Nuno Crespo e João Pinharanda.

Priscila Fernandes (Coimbra, 1981) concorreu com propostas no campo da instalação, pintura e vídeo, Ana Manso (Lisboa, 1984) concorreu com um trabalho centrado na pintura, André Trindade (Lisboa, 1981), recorreu à escultura, instalação e vídeo, Carla Filipe (Aveiro, 1973) usa fotografia, instalação e pintura, Catarina Botelho (Lisboa, 1981) a fotografia, Catarina Dias (Londres, 1979), centra a obra no desenho, performance e pintura, João Serra (Lisboa, 1976), na fotografia, Nuno da Luz (Lisboa, 1984), recorre à instalação e vídeo, Vasco Barata (Lisboa, 1974), com desenho, fotografia e instalação.

Os finalistas receberam uma verba de 2500 euros para produzir peças originais para a exposição colectiva do prémio que está patente desde 1 de Julho no Museu da Electricidade, e onde se vão manter até 18 de Setembro.

Criado em 2000, o prémio já foi entregue a Joana Vasconcelos (2000), Leonor Antunes (2001), Vasco Araújo (2002), Carlos Bunga (2003), Pedro Paiva e João Maria Gusmão (2004), João Leonardo (2005), André Romão (2007) e Gabriel Abrantes (2009).

Sugerir correcção
Comentar