A direcção da Fnac, uma das principais cadeias de música e livros, anunciou no princípio de Março que vai despedir 168 empregados nas lojas em Paris e fechar a loja na praça de Bastilha, a única Fnac dedicada apenas à música e que tem cerca de 60 empregados, revelou o jornal "Le Parisien".
Faz parte de um plano de poupança anunciado pela empresa em Fevereiro que pretende poupar 35 milhões de euros em três anos e vai afectar 400 postos de trabalho em França, cerca de 3.4 por cento do total de empregados da Fnac, diz ainda o jornal.
A direcção garantiu que a loja de Bastilha vai ser a única a ser fechada, porque "era a mais pequena em França e não tem capacidade para acolher a oferta completa da Fnac", diz o jornal. A Fnac de Bastilha deverá fechar daqui até ao final do ano. Tinha sido criada em 1990 e foi afectada pela crise do mercado de música com as vendas a diminuírem cerca de 45 por cento nos últimos cinco anos, disse a Fnac ao jornal.
A notícia deixou os empregados da Fnac de Bastilha surpreendidos e desarmados. "As negociações com a direcção são impossíveis. Hoje não é possível ser-se ouvido, cheguei mesmo a planear fazer uma greve de fome", contou um dos empregados à revista "Les Inrockuptibles".
A direcção garantiu à revista que tentaria recolocar os despedidos noutras lojas francesas, "dentro do possível". Mas, argumentava outro empregado, "foram despedidos 168 empregados mas agora só existem 56 lugares disponíveis". Fabien Sfez, director da Fnac France, disse à revista que esse número não está correcto e que, apesar de não saber exactamente o número de lugares disponíveis, deviam ser perto de 100.
Esta semana, a Virgin, outra das principais cadeias de vendas de música, anunciou que, até Junho, as suas últimas seis lojas nos EUA vão fechar, os seus 1000 empregados vão ser despedidos e os espaços alugados pela cadeia a outras marcas.