Cavaco com "muita esperança" em economia mais dinâmica e competitiva
Presidente da República visitou fábricas e centro interpretativo na serra da Estrela.
"Eu tenho de facto muita esperança de que desta crise saia uma economia mais dinâmica, mais sustentável, mais integrada nos mercados internacionais e mais competitiva", afirmou o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, numa intervenção no final de uma visita ao Centro Interpretativo do Vale Glaciar do Zêzere, em Manteigas, na serra da Estrela.
Elogiando a forma como os empresários portugueses enfrentaram as "adversidades", alterando modelos de negócios, procurando novas estratégias de produção e comercialização, Cavaco Silva exortou os portugueses a não baixarem os braços. "Não podemos baixar os braços", apelou.
A este propósito, o Presidente da República destacou o exemplo das duas fábricas de burel que visitou esta tarde em Manteigas — a Ecolã e Burel Factory —, enaltecendo a forma como os empresários apostaram na recriação e na reinvenção de um produto artesanal produzido a partir da lã dos rebanhos da serra da Estrela.
"Precisamos de mais produtos como o burel, produtos genuínos, únicos e produtos bem portugueses", disse, incentivando a que se aproveitem as coisas que são tipicamente portuguesas e que constituem um "nicho de mercado que está claramente à disposição".
"Há riquezas no interior, há produtos endógenos no interior, há valores culturais e valores históricos no interior que podem ser aproveitados", frisou.
No seu breve discurso, o chefe de Estado recordou as vezes anteriores em que esteve em Manteigas, confidenciando que esta vila que está "no coração da serra da Estrela" está associada a momentos "muito particulares" da sua vida.
Desde logo, lembrou, ao "momento mais importante", o casamento, já que foi em Manteigas que passou a lua-de-mel, dias antes de embarcar para África. Depois, Manteigas foi também o sítio escolhido para "reflectir" no programa do seu primeiro Governo, em 1985.
O Presidente da República, que de Manteigas seguiu para a cidade da Guarda, onde irão ter início na segunda-feira as comemorações oficiais do 10 de Junho, não falou aos jornalistas à margem das visitas.