Rock in Rio: o balanço
345 mil espectadores assistiram aos concertos de Rolling Stones, Justin Timberlake ou Arcade Fire.
Existiu um dia de lotação esgotada, 90 mil pessoas, para os Rolling Stones. Este domingo, Justin Timberlake aglomerou 80 mil pessoas. Linkin Park e Queens Of The Stone Age 68 mil, enquanto Robbie Williams recebeu 60 mil pessoas e os Arcade Fire e Lorde 47.500 mil. Este último número não surpreende, tendo em atenção o perfil do evento, gerador de resistências junto de um público que desenvolve sentimentos de pertença com a música.
Nos dias com maior fluxo de pessoas, o recinto mostrou-se no limite do confortável, não sendo fácil, por vezes, encontrar um lugar com uma visibilidade satisfatória para assistir aos concertos.
Mas um acontecimento destes não é apenas números. Para a história do festival fica o memorável concerto dos Rolling Stones, os notáveis Arcade Fire, o requinte de Justin Timberlake, o entertainer Robbie Williams, o espírito do rock no corpo dos Queens Of The Stone Age e a surpresa Lorde. Em termos de cartaz, existe uma dependência dos nomes mais apelativos, com os restantes a fazerem número, não constituindo alternativas válidas.
Durante a noite, quando o palco secundário Vodafone encerra, toda a gente se concentra no palco principal. Não existe diversidade, até porque a Tenda Electrónica raramente é alternativa credível. A única solução é circular pelo recinto, espécie de centro comercial ao relento. Desse ponto de vista, nada de novo: o Rock in Rio continua a ser uma mistura de parque de diversões e incentivador do consumo. Em 2015, o Rock in Rio estende-se para Las Vegas, nos Estados Unidos, e em 2016 vai regressar a Lisboa.