Pires de Lima diz que exportações para a China vão ultrapassar os mil milhões até final do ano

Para promover as relações comerciais entre os dois países, nomeadamente no campo do turismo, o ministro da Economia diz que se deverá estabelecer uma ligação aérea directa entre Lisboa, Pequim e Xangai.

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Ministro da Economia, António Pires de Lima, está em Xangai Rui Gaudêncio

Pires de Lima adiantou ainda que o número de turistas chineses triplicou, mas que o valor continua incipiente, razão pela qual as autoridades dos dois países ponderam, no futuro, criar as condições para haja uma ligação directa entre Lisboa, Pequim e Xangai — uma medida anunciada periodicamente pelo Governo português.

As declarações do ministro, proferidas ao final da manhã (madrugada de Lisboa), foram realizadas depois de um encontro entre Cavaco Silva e o presidente da província de Xangai, e a que assistiram, do lado português, Pires de Lima, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, o embaixador de Portugal na China e o presidente da AICEP, Miguel Frasquilho.

A agenda do chefe de Estado começou esta terça-feira com um “pequeno-almoço de trabalho” organizado pela Fosun, o fundo de investimento chinês que adquiriu o controlo da Fidelidade (30% do mercado segurador português), e que juntou as autoridades nacionais com 18 empresários e gestores chineses. Na reunião, que decorreu à porta fechada, estiveram, por exemplo, o presidente (Guo Guangchang) e o CEO (Liang Xinjun) da Fosun e os presidentes do Group Corporation (Wang Weimin), do S&N Hotels (Lu Cheng), do Shui On Group (Lo Vincent), da China Eastern Airlines (Liu Shaoyong) e da Beijing Capital Agriculture (Zhang Fuping).

“Base de confiança”
Para o ministro da Economia, “a base de confiança que se tem vindo a estabelecer entre as autoridades portuguesas e chinesas é determinante para concretizar negócios numa perspectiva de médio e longo prazo”, o que tem permitido “à China participar em projectos de investimento em Portugal nos últimos dois anos na área da energia ou do investimento”.

O crescimento da relação comercial sino-portuguesa, embora ainda “incipiente", de 650 milhões de euros em 2013, “subiu 50% nos primeiros três meses do ano”.

“A China já é o 10.º maior cliente de produtos portugueses e tudo aponta para que as vendas possam aumentar até final do ano para mais de mil milhões de euros em sectores dos mais diversificados”, disse. Pires de Lima adiantou que a evolução “só foi possível por ter havido uma conciliação dos esforços de empresas portuguesas com um trabalho de diplomacia económica”.

Por último, o ministro deu nota que quer os investidores chineses, quer as autoridades portuguesas consideraram importante "o facto de a relação turística entre os dois países ter triplicado”, embora o valor continue a ser muito reduzido. Para isso, Pires de Lima afirmou que, “no futuro, será muito importante o estabelecimento de uma ligação aérea entre Lisboa, Pequim e Xangai", um entendimento partilhado pelas duas partes. Recorde-se que desde há vários anos que os governantes portugueses anunciam periodicamente a intenção de criar uma ligação aérea directa de Portugal à China (a TAP já voou directamente para Macau, mas os voos foram descontinuados), o que nunca se concretizou. O ministro declinou responder às perguntas dos jornalistas que acompanham a comitiva presidencial na visita oficial de Cavaco Silva à China.

 

  

 

 

 

 
 

 

 
 



 

 

   





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