Participação nas eleições da Guiné-Bissau superior à de escrutínios anteriores

Mais de 70% foram às urnas. Resultados oficiais só devem começar a ser divulgados a partir de quarta-feira.

Foto
SEYLLOU/AFP

Não há ainda resultados oficiais das primeiras eleições após o golpe de Estado de 12 de Abril de 2012, que derrubou o Governo do primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior, do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde), entre a primeira e a segunda volta das presidenciais.

Após vários adiamentos, a eleições que deverão repor a legalidade constitucional decorreram sem perturbações de maior, segundo as missões de observadores. Um grupo de 15 organizações da sociedade civil que está a acompanhar o processo eleitoral considera que foram “globalmente pacíficas”.

Depois de votar, o chefe das Forças Armadas, António Indjai, líder do golpe de há dois anos, libertou duas pombas como símbolos de paz, notou a Reuters.

O favorito nas legislativas, a que concorreram 15 partidos, é o PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde), liderado por Domingos Simões Pereira, antigo secretário executivo da CPLP (Comunidade dos País de Língua Portuguesa). Na noite de domingo, pouco depois do fecho das urnas, um porta-voz anunciou em conferência de imprensa, segundo a Lusa, que os dados de que já dispunha eram “bastante encorajadores” para o partido e para o seu candidato presidencial, João Mário Vaz.

Na eleição presidencial, são quatro os candidatos que, entre 15 concorrentes, face aos apoios e à dinâmica das campanhas, mais probabilidades parecem ter de passar a uma previsível segunda volta: João Mário Vaz; Abel Incada, que corre pelo PRS (Partido da Renovação Social, segundo maior partido); Nuno Nabiam, independente apoiado pelo ex-Presidente Kumba Ialá – que morreu durante a campanha eleitoral – e ao qual são atribuídas ligações à cúpula militar; e Paulo Gomes, também independente, apoiado por pequenas forças políticas.

A comissão de eleições anunciou que está “fazer esforços” para que os resultados comecem a ser divulgados a partir de quarta-feira. No cenário, mais provável, de nenhum dos candidatos presidenciais vencer na primeira volta está marcada uma segunda para 18 de Maio.

 

Sugerir correcção
Comentar