Depois de 25 anos preso, Jonathan Fleming foi considerado inocente
O caso voltou a ser reaberto e um juiz de Nova Iorque mandou libertar o homem de 51 anos. Jonathan Fleming aplaudiu e abraçou-se, emocionado, aos advogados e aos familiares, admitindo que esperou 25 anos “pelo fim do pesadelo”. À saída do tribunal, Patrícia Fleming, mãe do acusado, reiterou que não sentia raiva, apenas “felicidade por tê-lo de volta a casa”.
Durante os 25 anos que esteve detido, Fleming sempre disse que no dia do homicídio estava de férias, na Florida. No entanto, e apesar de existirem vídeos, fotografias e declarações dos funcionários do hotel que sustentavam a defesa, a acusação utilizou sempre o argumento de que o agora inocentado poderia ter feito uma viagem-relâmpago a Brooklyn, Nova Iorque, e regressado, de seguida, à Disney World. Durante o processo, uma testemunha ocular corroborou a tese da acusação, afirmando que viu Fleming e Darryl Rush juntos, poucas horas antes de o segundo ter sido assassinado a tiro.
Taylor Koss, advogado da defesa, criticou o trabalho das autoridades durante o processo, que, apesar de terem em sua posse, desde a detenção de Fleming, o recibo do hotel, emitido cinco horas antes do assassinato e que foi agora utilizado como álibi, nunca o disponibilizaram aos advogados, até à última abertura do caso. Segundo Koss, o próximo passo é garantir que Fleming vai ter uma vida digna. “Ele não tem emprego, nem carreira, nem perspectivas”, destacou o advogado.
Questionado sobre o que pretendia fazer a seguir, depois da sentença que o trouxe de volta à liberdade, Fleming admitiu: “Vou jantar com a minha mãe e o resto da minha família e viver o resto da minha vida”.