Rússia critica alterações "cosméticas" à Constituição da Ucrânia

Moscovo manifesta preocupações com as regiões de maioria russófona.

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ALEXANDER NEMENOV/AFP

"É preciso realizar verdadeiras reformas constitucionais, e não apenas cosméticas. Para isso, é preciso também deixar de haver interferências nos assuntos internos da Ucrânia", disse nesta sexta-feira Sergei Lebedev, secretário executivo da Comunidade de Estados Independentes (CEI) – a organização que junta antigas repúblicas da União Soviética.

"Parece que o Ocidente assumiu o papel de árbitro no destino da Ucrânia, e que às actuais autoridades falta uma independência significativa", continuou Lebedev.

Apesar de nunca se ter assumido como um membro oficial da CEI, a Ucrânia assinou e ratificou o tratado que fundou a organização, em 1991, mas não a sua declaração de princípios. No dia 14 de Março, o Parlamento de Kiev iniciou um processo com vista ao corte total de laços com a organização, na sequência da anexação da Crimeia.

A lei que foi submetida ao Parlamento ainda não foi aprovada, mas a ameaça da Ucrânia de sair da CEI continua em cima da mesa, e o país decidiu não assegurar a presidência rotativa da organização em 2014.

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