Como é habitual e, mais uma vez, fazendo justiça às prioridades “encarnadas”, Jesus mudou muito no meio-campo e no ataque, desta vez um pouco menos que o habitual, mantendo Gaitán e Rodrigo para a equipa não ficar totalmente desarmada. Mas tinha razão o treinador “encarnado” em não desmerecer o seu adversário holandês, bem mais perigoso e agressivo que o seu sétimo lugar na Eredivisie poderia sugerir. Comandado no banco pelo experiente Dick Advocaat, o AZ Alkmaar estava disposto a dar boa imagem e só não o conseguiu porque na baliza do Benfica estava outro suplente de luxo, Artur.

Enquanto o Benfica andou relativamente ausente do jogo, o guardião brasileiro que perdeu a titularidade para o jovem esloveno Oblak, manteve o resultado a zeros. Os holandeses eram agressivos e pressionantes e, como se esperava, rápidos no ataque. O trio composto por Beerens, Berghuis e Jóhannsson criava muitos problemas ao sector mais recuado do Benfica, principalmente porque o remendado meio-campo “encarnado” não conseguia travar a correria holandesa.

Beerens deixou o primeiro aviso aos 5’, com um remate que saiu ao lado, mas, depois, foi Artur que fechou a baliza a remates de Jóhannsson (19’) e Berghuis (20’). No ataque, do Benfica, pouco se via. Rodrigo e Gaitán, aqueles com mais ritmo, bem tentavam, mas eram inconsequentes.

O Benfica não sofreu golos neste período, mas teve uma má notícia. Aos 38’, Rubem Amorim lesionou-se na perna esquerda e teve de ser substituído por André Almeida, saindo de campo muito queixoso. Por esta altura, os “encarnados” já pareciam mais tranquilos no jogo, mas ainda tiveram um pequeno susto antes do intervalo, com Artur a defender novo remate de Berghuis.

Na segunda parte, o Benfica entrou decidido a resolver o jogo e, na sua primeira grande oportunidade, marcou. A defesa holandesa atrapalhou-se, Cardozo fez o primeiro remate, Alvarado defendeu e, na recarga, de primeira, Salvio fez o seu primeiro golo da temporada, ele que não marcava desde Abril do ano passado, deixando o Benfica bem encaminhado para estar nas meias-finais.

Os “encarnados” até podiam ter saído de Alkmaar com uma vantagem mais dilatada, com várias oportunidades falhadas. Daqui a uma semana, na Luz, se verá se a vitória pela margem mínima foi suficiente. É que o AZ Alkmaar não foi assim tão inofensivo.