Jornalistas espanhóis libertados na Síria após seis meses de sequestro

Repórteres que se encontravam ao serviço do El Mundo foram sequestrados por homens do EIIL.

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Javier Espinosa e Ricardo García dizem estar bem e chegam a Madrid este domingo JOAN BORRAS/PRH/AFP

Espinosa e García foram sequestrados a 16 de Setembro, quando se preparavam para sair da Síria, após duas semanas de reportagem na região de Deir Ezzor (Leste). O sequestro ocorreu no checkpoint de Tal Abyad, na província de Raqqa, a pouca distância da fronteira com a Turquia. Ao final de 194 dias de cativeiro foram entregues a militares turcos, que em seguida contactaram as autoridades espanholas. Os dois jornalidstas chegam este domingo a Madrid, segundo o El Mundo.

Ao jornal confirmaram ainda no sábado que estavam bem e pediram para que as suas famílias fossem informadas sobre a sua libertação.

A notícia do sequestro dos dois jornalistas só foi tornada pública a 10 de Dezembro a pedido das famílias, lembra o El Mundo. Espinosa e García não foram os únicos repórteres espanhóis sequestrados na Síria. Cerca de dois meses antes do seu rapto, o jornalista Marc Marginedas, do El Periódico de Cataluña, também esteve em cativeiro, sendo libertado meio ano depois.

Javier Espinosa já tinha estado uma dezena de vezes na Síria desde o início da revolta contra o Presidente Assad, em Março de 2011, que se transformou numa guerra civil que já fez mais de 120 mil mortos. No dia 22 de Fevereiro de 2012, Espinosa sobreviveu ao bombardeamento que matou a jornalista americana Marie Colvin e o fotógrafo francês Rémi Ochlik, no bairro de Bab Amr, em Homs (Centro). Decidiu, então, ficar naquele bairro até que o último civil saísse.

Ricardo Garcia Vilanova, que trabalhou para vários meios de comunicação internacionais, incluindo o New York Times, a NewsweekLe MondeEl Mundo e a AFP, já tinha sido raptado uma vez por homens do EIIL, quando fazia uma reportagem em Alepo (Norte).

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