Inspector da PJ e outros quatro arguidos ficaram em prisão preventiva no caso do ouro
Roubo e transacções não declaradas de ouro permitiram à rede angariar vários milhares de euros.
Os restantes dois arguidos neste caso — uma mulher e um homem — ficaram sujeitos à medida de coacção de apresentações periódicas às autoridades.
Entretanto, durante o interrogatório no Tribunal de Almada, o procurador do Ministério Público emitiu um mandado de detenção para o familiar de um dos empresários, porque alegadamente terá tentado obter alguns valores que estavam num cofre, desconhecendo que os mesmos já tinham sido apreendidos pela PJ durante as buscas, constituindo elemento de prova no processo.
De acordo com a fonte, este oitavo elemento também já foi inquirido pelo juiz de instrução criminal tendo, como medida de coacção, ficado sujeito a apresentações periódicas às autoridades.
Além das detenções efetuadas esta semana nos distritos de Lisboa e Setúbal, a PJ apreendeu 70 quilogramas em ouro e 170 em prata, e ainda cerca de um milhão de euros, várias dezenas de diamantes, cinco automóveis, uma embarcação e duas motos.
Na altura, em comunicado, a PJ referiu que os detidos, quatro homens e três mulheres, "estão indiciados pela prática de crimes de fraude fiscal qualificada, corrupção, receptação e branqueamento de capitais".
"A investigação, que decorre há mais de ano, permitiu a desarticulação deste grupo que se vem dedicando ao cometimento destes ilícitos graves e altamente lesivos da economia nacional", salientou a PJ, acrescentando que parte dos materiais apreendidos "será proveniente da prática de crimes contra o património, bem como de transacções não declaradas e efetuadas por particulares".
Fonte policial precisou à Lusa que a investigação envolveu 60 investigadores, seis peritos informáticos da PJ e nove da Autoridade Tributária, e exigiu mais de 20 buscas, a domicílios, escritórios de contabilidade e a cofres privados de instituições bancárias.