Pelas contas do governante, citado pela Itar-Tass, as saídas líquidas de capitais devem atingir os 60 mil milhões no primeiro trimestre, quase tanto como em todo o ano de 2013, quando chegaram aos 62.700 milhões.

“Se partimos do princípio de que este é um fenómeno excepcional, iremos atingir um volume de saída que pode alcançar os 100 mil milhões este ano. E perante este cenário, a previsão de crescimento da economia deve recuar 0,6%”, disse, perante um encontro com investidores. Desde o início do ano que a Rússia viu cair o nível de investimentos na ordem dos 5% em Janeiro e Fevereiro. As estimativas do Governo russo são que o investimento caia 1,3% em 2014.

Antes da ameaça de sanções dos Estados Unidos e da União Europeia, em resposta à anexação da Crimeia pela Rússia, a actividade dos bancos russos já se encontrava comprometida por um movimento acelerado de fuga de capitais dos investidores internacionais e grandes depositantes russos. As estimativas mais recentes apontavam para montantes equivalentes a 3% do PIB. O Sberbank, o maior banco da Rússia, adiantou recentemente que só nos primeiros dois meses deste ano foram transferidos cerca de 25 mil milhões de euros do país.

Nesta quinta-feira, o governador do banco central russo já veio garantir que vai apoiar os bancos nacionais com liquidez mas ainda é cedo para adoptar essa medida.