Dados do PIB "alimentam esperança" de reduzir desemprego este ano, diz Pires de Lima

O crescimento no quarto trimestre de 2013 foi de 0,6%, quando comparado com o trimestre anterior, mas houve um recuo de 1,4% ao longo do ano.

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Pires de Lima espera crescimento ao longo do ano Vítor Cid/arquivo

"São dados positivos e que alimentam a esperança de 2014 ser um ano de crescimento económico e de redução do desemprego", afirmou Pires de Lima, à margem das comemorações dos 180 anos da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP), nesta terça-feira, em Lisboa.

O Instituto Nacional de Estatística confirmou esta terça-feira que a economia recuou 1,4% no ano passado e que o crescimento no quarto trimestre de 2013 foi de 0,6%, quando comparado com o trimestre anterior, sendo que, a 14 de Fevereiro, a estimativa apontava para um aumento do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,5%.

"Os dados confirmam que a economia portuguesa cresceu 1,7% no último trimestre do ano [face ao quarto trimestre de 2012] e saiu da recessão técnica ao longo de 2013", afirmou o governante, explicando que este aumento aconteceu "tanto pelo efeito da boa evolução" das exportações portuguesas como pela "estabilização gradual" do consumo privado e pelo "desagravamento do investimento", que, segundo o ministro, dá "sinais de inverter o declínio" que regista há quase uma década.

Pires de Lima acrescentou que os dados divulgados pelo INE confirmam que a economia foi "das que mais cresceram no último trimestre do ano passado em toda a Europa" e que "há uma evolução da economia que vai ter continuidade em 2014".

Sobre o manifesto assinado por 70 figuras da política de esquerda e de direita para apelar à reestruturação da dívida pública, e que foi divulgado pelo PÚBLICO, o ministro da Economia escusou-se a comentar, refugiando-se nas declarações de Pedro Passos Coelho sobre o assunto. "Acho que o primeiro-ministro já disse o que era oportuno sobre o assunto", afirmou Pires de Lima, acrescentando que os portugueses "têm cada vez mais motivos para ter esperança".

O primeiro-ministro defendeu que assinar o manifesto é pôr em causa o cumprimento das metas orçamentais a que o país está obrigado e enviar uma mensagem errada. "Se eu hoje quisesse pôr em causa o financiamento do país e destas políticas públicas, subscreveria o manifesto que hoje foi dado a conhecer, e nessa medida tinha a certeza de estar a enviar a mensagem errada", disse Pedro Passos Coelho numa intervenção em Lisboa, na cerimónia de inauguração das novas instalações da Polícia Judiciária.