Portugueses nos Jogos de Inverno: emigrantes e luso-descendentes
A comitiva portuguesa está representada em Sochi por dois esquiadores.
Na Rússia serão dois, mas, segundo Pedro Farromba, presidente da Federação Portuguesa de Desportos de Inverno e chefe da comitiva portuguesa, podem ser mais em 2018, nos Jogos de Peyongchang, na Coreia do Sul. "Temos identificados neste momento cerca de oito atletas com perspectiva de poderem participar nos próximos Jogo”, diz Farromba, salientando que estes são o “produto” de prospecção entre os atletas da diáspora portuguesa na Europa e na América do Norte e lamentando que os “500 mil praticantes [em Portugal] destes desportos” o façam apenas na vertente de lazer.
Incluindo Artur Hanse, que foi recentemente segundo classificado numa prova em França, e Camille Dias, Portugal já leva 12 atletas em cinco edições dos Jogos de Inverno. O único a participar em duas edições foi Danny Silva, filho de emigrantes portugueses nos EUA, em Torino 2006 e Vancouver 2010 – Silva participou 15km de esqui de fundo, ficando em 93.º em 2006 e em 95.º em 2010. Oito anos antes, Mafalda Pereira, nascida no Brasil e residente em França, e Fausto Marreiros, emigrante na Holanda, foram os representantes portugueses nos Jogos de Nagano, respectivamente no esqui acrobático (21.ª) e na patinagem de velocidade (31.º nos 5km).
A melhor prestação de um português no esqui alpino olímpico foi em 1994, em Lillehammer, quando o também lusodescendente Georges Mendes conseguiu o 32.º lugar no Slalom Gigante, em 61 participantes. Em 1988, a comitiva portuguesa foi exclusivamente composta pelos cinco elementos da equipa de bobsleigh, sendo que antes deles, apenas um português havia estado nos Jogos de Inverno, em Oslo 1952, o esquiador Duarte Silva, que vivia e trabalhava em Lisboa. O português pioneiro dos desportos de Inverno participou na prova de downhill e ficou no 69.º lugar entre os 72 que terminaram.