Dois projectos de Viana do Alentejo na área do património apoiados pela UE
Serão 70 mil euros para investir na elaboração, por exemplo, de uma carta arqueológica, na valorização da arte chocalheira de Alcáçovas e da olaria.
Segundo a câmara municipal, o Proder vai financiar a 60% as iniciativas “Valorização do Património no Concelho de Viana do Alentejo” e “Valorização das Artes Tradicionais no Concelho de Viana do Alentejo”, num investimento global na ordem dos 70 mil euros.
O presidente do município, Bernardino Bengalinha Pinto, explicou à agência Lusa que a primeira candidatura envolve a elaboração, edição e publicação da Carta Patrimonial, isto é, da Carta Arqueológica.
“Pretendemos identificar e fazer o levantamento de todo o património existente”, não só para “contribuir para a valorização e promoção turística do território”, como também para orientar “intervenções e estratégias futuras”, disse.
Esta acção, que deverá ainda originar uma exposição, vai possibilitar “o conhecimento de todos os vestígios existentes e do seu estado de conservação”, referiu a autarquia.
Desta forma, frisou, será possível estabelecer prioridades no que respeita às “necessidades de intervenção com vista à sua preservação e recuperação”.
Quanto à outra candidatura, acrescentou o autarca, o objectivo é valorizar a arte chocalheira de Alcáçovas e a olaria do concelho, as principais actividades tradicionais locais.
O projecto vai apoiar a publicação de duas obras: “Os Chocalhos e a sua relevância na Vila de Alcáçovas”, de André Correia, e “Verde Barro: Olaria de Viana do Alentejo”, de Luís Banha.
“Temos alguma insuficiência de material escrito e documental sobre vários aspectos do concelho e procuramos sempre apoiar este tipo de iniciativas”, pelo que, agora, “aproveitámos o Proder para este financiamento”, justificou o autarca.
Com a publicação das obras, a câmara quer “identificar a história, os processos, os testemunhos e as colecções, mantendo viva a memória destas actividades e permitindo a sua promoção”.
Esta candidatura integra ainda a concepção e edição de folhetos sobre os ofícios tradicionais, de forma a consciencializar as populações para a importância destas artes na história.
“Estes dois projectos, no fundo, estão interligados porque estamos a investir fortemente no património, um mais edificado, outro mais imaterial, que constitui uma das mais-valias do concelho”, realçou Bengalinha Pinto.