O PÚBLICO apurou que o portal tem um período experimental de três meses, findo o qual será reavaliada a sua continuidade. A manutenção do portal vai depender do interesse que vier a registar por parte dos consumidores.

A Deco apela assim à colaboração dos consumidores para “alimentarem” o portal, assinalando no mapa de Portugal e da Madeira os postos de venda e respectivos preços praticados.

A associação adianta que “o objectivo é criar uma base de dados com os preços do gás engarrafado em todo o país, de modo a promover a concorrência neste sector”.

“Além de os portugueses descobrirem os pontos de venda mais baratos para o tipo de gás que usam, quem deixar o seu contacto receberá alertas de preços”, adianta a Deco numa nota à imprensa, acrescentando que esse serviço será gratuito durante três meses.

Se, no final dos três meses, a associação decidir manter o portal, “o acesso ao mesmo será aberto ou gratuito”, disse ao PÚBLICO fonte oficial da Deco.

A associação destaca que, na última década se acentuou a diferença entre o preço do gás de botija e do natural, com o butano a chegar a custar mais do dobro do natural.

“Para piorar, a Deco constatou que existe pouca concorrência no preço do gás engarrafado em muitas regiões”, adianta a associação em comunicado.

Para além do portal agora lançado, a Deco continua a exigir mudanças neste sector, considerando urgente cumprir com a equiparação de preços prevista no Orçamento do Estado de 2014 e aproximar a legislação do gás engarrafado à dos restantes serviços públicos essenciais, entre os quais o gás natural. Alega a associação que, “afinal, este e as botijas têm o mesmo fim: aquecer água e cozinhar”.

Ainda quanto à recém-criada Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis, a Deco diz esperar que cumpra as suas novas atribuições, nomeadamente a rápida realização de uma investigação aprofundada ao mercado do gás engarrafado, para apurar o real nível de concorrência. “Quando esta estiver concluída, aguarda a divulgação dos resultados e de medidas correctivas que ajudem a esclarecer a composição do preço do gás”, defende a associação.