PSD desafia Seguro a apresentar "reformas concretas" para as contas públicas

Vice-presidente dos sociais-democratas reage às declarações do líder do PS.

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Marco António Costa será o rosto diário do PSD na campanha eleitoral Rui Gaudêncio

Costa reagia assim às declarações do líder do PS, António José Seguro, no encerramento da conferência "Uma administração pública eficiente e com qualidade", na qual insistiu na importância de "equilibrar as contas públicas", admitindo que esse objectivo "justifica ter um limite nominal para a despesa corrente”. Seguro não especificou qual seria esse limite.

"Isto não é um corte, isto é uma reforma. O que o Governo actual tem vindo a fazer são cortes", afirmou Seguro no sábado, reforçando a ideia de que "reformar não é cortar".

Considerando "esta afirmação de disponibilidade do líder do PS" como sendo "da maior importância", o PSD diz agora ter "esperança que seja um sinal de que o PS irá abandonar a política das ideias vagas, das ambiguidades, passando para o concreto das iniciativas, das medidas e para o rigor dos números".

Neste sentido, e face às declarações do líder socialista defendendo "outras reformas que supostamente baixariam a despesa, mas evitariam os cortes que foram promovidos pelo axtual Governo", Marco António Costa desafiou o PS a apresentar propostas "concretas".

"O PSD convida o PS a dizer publicamente: primeiro, em que áreas, em concreto, realizaria tais reformas; segundo, em concreto, no que consistiriam as referidas reformas; terceiro, em concreto, que poupanças se obteriam para a despesa do Estado com a implementação das ditas reformas que alega o Partido Socialista pretender realizar se fosse Governo”.

"Por fim – continuou –, convidamos o PS a divulgar os documentos que sustentam tais propostas e onde estejam quantificados os objectivos para a redução da despesa pública".

Sustentando ser "tempo da clareza, rigor e políticas concretas", "não da política da ambiguidade", o PSD manifestou "a sua disponibilidade para, no Parlamento, ou fora do Parlamento, trabalhar com o PS na criação de condições para implementar reformas de médio e longo prazo".

O objectivo, concluiu, é consolidar "as conquistas obtidas desde Maio de 2011" e garantir "que Portugal continue a trilhar o rumo certo".