Bolsas europeias em baixa depois dos anunciados cortes da Fed
Investidores inquietos com os anunciados novos cortes de estímulos da Reserva Federal norte-americana (Fed).
Cerca das 9h30 em Lisboa, o Euro Stoxx 50, índice que representa as principais empresas da zona euro, estava a descer 0,64% para 2.992,27 pontos. No passado dia 15, o Euro Stoxx terminou a 3.168,76, um máximo dos últimos seis anos.
As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt estavam a descer 0,42%, 0,57% e 0,53%, respectivamente. As bolsas de Milão e Madrid também estavam a recuar, com os principais indicadores a perder 0,36% e 0,74%.
Depois de ter iniciado o dia em baixa, a Bolsa de Lisboa mantinha a tendência e, cerca das 9h30, o índice PSI20 estava a descer 1,32% para os 6.695,11 pontos. O PSI20 atingiu o máximo de 7.142,73 pontos a 13 de Janeiro.
Em Nova Iorque, Wall Street terminou em baixa na quarta-feira, com o Dow Jones a descer 1,19% para 15.738,79 pontos, depois de ter subido a 31 de Dezembro até aos 16.576.70 pontos, o valor máximo desde que foi criado, há 128 anos.
Ao nível cambial, o euro abriu nesta quinta-feira em alta no mercado de divisas de Frankfurt, a cotar-se a 1,3657 dólares, depois de ter terminado a 1,3644 dólares na quarta-feira.
O Banco Central Europeu (BCE) fixou na quarta-feira o câmbio de referência da divisa europeia em 1,3608 dólares.
O anúncio da Fed de continuar a retirada de estímulos, apesar da incerteza nos mercados emergentes, despertou de novo a aversão ao risco na quarta-feira em Wall Street, Nova Iorque, e já hoje nos mercados asiáticos e europeus.
A partir de Fevereiro, o banco central dos Estados Unidos vai diminuir para 65 mil milhões de dólares por mês o programa de compra de títulos e dívida hipotecária lançado em Setembro de 2012 no valor de 85 mil milhões de dólares por mês.
Em Dezembro, a Fed já tinha reduzido o programa de estímulos para 75 mil milhões de euros.
Nos Estados Unidos, o departamento de Comércio norte-americano divulga o primeiro dos três cálculos do Produto Interno Bruto (PIB) no último trimestre de 2013.
Na agenda desta quinta-feira também consta a divulgação dos resultados de grandes empresas como o Banco Santander, Google, H&M, Ericsson e Visa.
As acções dos bancos, que além de acusarem a desvalorização de países emergentes e sofrer com o anunciado corte da Fed, continuam na mira da Comissão Europeia (CE) e do Banco Central Europeu (BCE).
A evolução das divisas nos países emergentes, especialmente na Argentina, e a substituição no final do mês de Ben Bernanke à frente da Fed por Janet Yellen vai continuar em destaque na agenda económica desta semana.
O barril de petróleo Brent para entrega em Março abriu em baixa, a cotar-se a 107,75 dólares no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, menos 0,1 dólares do que no encerramento da sessão anterior.