BE quer universidades a fazer recepções lúdicas aos caloiros
Bancada apresenta recomendação ao Governo.
O BE pretende que estas soluções sejam adoptadas em vez da cultura das praxes que "não é uma cultura democrática", mas sim "de submissão e de hierarquia", segundo Luís Fazenda, deputado do BE, durante uma conferência de imprensa, no Parlamento, nesta quarta-feira.
O deputado bloquista insurgiu-se contra a falta de acção dos responsáveis das instituições universitárias. "Os reitores e presidentes de instituições do ensino superior não podem lavar as mãos como Pilatos", afirmou.
O projecto de resolução do BE, que deu entrada esta quarta-feira, propõe ainda que seja feita uma recomendação formal aos órgãos directivos das escolas no sentido destes assumirem uma atitude que "não legitime as práticas violentas no interior ou no exterior das instituições" e que não reconheçam o papel de estruturas das praxes" nas cerimónias de recepção ao caloiro. "As praxes tendem a ser violentas e abusivas porque são adversas à cultura democrática", sustentou o deputado bloquista.
Um projecto de resolução semelhante já tinha sido apresentado pelo BE em 2011 e foi chumbado pela maioria PSD/CDS. A iniciativa que deu entrada esta-terça-feira e que deverá ser agendada na próxima conferência de líderes, dia 5 de Fevereiro, relata vários casos de praxes abusivas que foram notícia mas não se refere aos acontecimentos da praia do Meco, onde morreram seis jovens universitários, em circunstâncias que se suspeita estarem relacionadas com praxes.