Pai indignado com suspeitas de tentativa de venda de bebé da Madeira

Daniel vai continuar internado no Hospital do Funchal para reavaliação do seu estado de saúde.

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Daniel, o bebé de 18 meses que esteve desaparecido durante três dias DR

Esse foi um dos cenários colocados sobre o qual foi inquirido pelos investigadores, nos dois interrogatórios a que foi submetido na Policia Judiciária. Mas tem sido categoricamente repudiado pelo progenitor do Daniel, em conversas com familiares e amigos.

Com alta médica inicialmente prevista para esta quinta-feira, o menino vai continuar internado no Hospital do Funchal, porque as análises efectuadas revelaram "sofrimento muscular", anunciou aos jornalistas o presidente do Serviço Regional de Saúde, Miguel Ferreira.

"A criança não vai ter alta hoje, porque se registaram alterações analíticas que revelam algum grau de sofrimento muscular que presumimos estarem relacionadas com a exposição ao frio", disse Ferreira aos jornalistas. O médico adiantou que Daniel ficará internado na Pediatria pelo menos até sexta-feira, porque “esta situação tem de ser reavaliada e acompanhada". Depois de repetidas as análises, se a situação "tiver evoluído favoravelmente, então poderá ter alta", na sexta-feira ou no sábado, adiantou.

Entretanto, atendendo às condições habitacionais precárias em que vive a família de Daniel, alojados num casebre dos avós, a Câmara Municipal da Calheta e a Segurança social anunciaram a disponibilidade para dar apoio ao casal, ambos desempregados, com uma filha de três anos e o Daniel, de apenas 18 meses.

A criança foi encontrada três dias depois, na manhã de quarta-feira, por levadeiros na sua rotineira tarefa de distribuição de água de rega, num matagal junto à levada, a cerca de três quilómetros da casa de onde desapareceu. No Hospital Central do Funchal, onde está internado para exames de diagnóstico, o pediatra considerou “muito difícil e intrigante" que a criança tenha conseguido sobreviver sozinha durante tanto tempo exposta ao frio. O coordenador da Polícia Judiciária na Madeira, Eduardo Nunes, admitiu que as últimas diligências "podem levar a pensar" estar-se "perante um crime de rapto".

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