PSD/Porto exige a Rui Moreira que peça desculpas à cidade por ter faltado à verdade
Concelhia critica autarca pela moção aprovada na câmara a propósito da gestão dos fundos comunitários.
A Câmara do Porto aprovou na terça-feira uma moção afirmando que "a Comissão Europeia recusou assinar o Acordo de Parceria proposto pelo Estado português por considerar que este não acautelava os mecanismos de promoção de coesão territorial e de valorização das regiões de convergência, nomeadamente da região Norte". A proposta foi apresentada em reunião do executivo pelo presidente da autarquia, Rui Moreira, sendo aprovada com 11 votos a favor e as abstenções de dois dos três vereadores do PSD.
Em reacção à atitude de Rui Moreira, o secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Castro Almeida, alertou para as "incorrecções objectivas" desta moção, e a Comissão Europeia também desmentiu a autarquia, afirmando que qualquer sugestão de que as propostas de Portugal para o Acordo de Parceria foram recusadas resulta do desconhecimento da natureza do processo.
Nesta quarta-feira, em comunicado enviado à agência Lusa assinado pelo presidente da concelhia do PSD/Porto e pelos dois vereadores do PSD que se abstiveram na votação, Amorim Pereira e Ricardo Almeida, Rui Moreira é acusado de ter faltado à verdade.
“O PSD da cidade do Porto e os vereadores subscritores deste documento exigem um pedido de desculpas formal à cidade por parte do presidente da Câmara do Porto, pela vergonha institucional que sujeitou a cidade quando através de posições públicas demagógicas, demonstraram a falta de preparação para falar a verdade”, referem.
Os subscritores “estranham” ainda esta posição de Rui Moreira “de enaltecer um regionalismo meramente provinciano”, recordando que, em Dezembro, Castro Almeida este reunido no Porto com o presidente da câmara para falar “precisamente sobre a questão dos fundos comunitários”.
“A bem da verdade e da ética política exige-se um retratamento do presidente da Câmara do Porto”, pedem.
No entanto, esta quarta-fera, Rui Moreira recusou qualquer inflexão no conteúdo da moção aprovada, e prometeu até apresentar provas que explicam porque motivo fez tão violentas críticas àpreparação do próximo quadro de apoio.