Morreu Eusébio

O antigo futebolista morreu na madrugada deste domingo, vítima de paragem cardiorespiratória. Tinha 71 anos.

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Eusébio no Mundial de 1966 no jogo com a Coreia do Norte Nuno Ferrari
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Homenagem a Eusébio junto à sua estátua no Estádio da Luz NUNO FERREIRA SANTOS
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Homenagem a Eusébio junto à sua estátua no Estádio da Luz NUNO FERREIRA SANTOS
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Homenagem a Eusébio junto à sua estátua no Estádio da Luz NUNO FERREIRA SANTOS
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Homenagem a Eusébio junto à sua estátua no Estádio da Luz NUNO FERREIRA SANTOS

A mesma fonte adiantou que Eusébio, 71 anos, morreu às 4h30, vítima de paragem cardiorespiratória. Eusébio estava em casa, sentiu-se mal por volta das 3h30 da manhã e foi chamado o INEM, mas já foi demasiado tarde. O corpo do antigo futebolista vai ser transportado ainda este domingo para o Estádio da Luz, às 17h30, onde ficará até segunda-feira.

O funeral vai realizar-se na segunda-feira, às 17h, no cemitério do Lumiar, uma hora depois de a missa ser celebrada na Igreja do Seminário, no Largo da Luz. Às 13h30, está prevista uma volta ao Estádio da Luz, saindo depois em cortejo fúnebre, rumo à Praça do Município. O trajecto será o seguinte: Segunda Circular-Campo Grande-Avenida da República-Saldanha-Av. Fontes Pereira de Melo-Marquês de Pombal-Av. da Liberdade-Restauradores-Rossio-Rua do Ouro-Rua do Arsenal-Praça do Município.

Nascido a 25 de Janeiro de 1942 na então Lourenço Marques, hoje Maputo, Eusébio tornou-se o maior símbolo do futebol português. Vindo de Moçambique, depois de ter jogado no Sporting de Lourenço Marques, chegou ao clube de Lisboa no Inverno de 1960. Foi nessa década que o “Pantera Negra” mais brilhou nos relvados, no Benfica e ao serviço da selecção de Portugal, no Mundial de 1966, onde foi o melhor marcador.

Sete vezes melhor goleador do campeonato português (1963/64, 64/65, 65/66, 66/67, 67/68, 69/70 e 72/73), duas vezes melhor marcador europeu (1967/68 e 72/73), Eusébio foi uma vez eleito melhor futebolista europeu mas é considerado um dos maiores futebolistas mundiais de todos dos tempos.

Foi 11 vezes campeão nacional pelo Benfica - alinhando em 294 jogos, nos quais marcou 316 golos -, ganhou cinco Taças de Portugal, foi campeão europeu em 1961/62 e finalista da Taça dos Campeões em 1962/63 e 67/68.

No total, foram 546 os golos que marcou pela selecção portuguesa e ao serviço dos clubes por que passou. Pelo Benfica, foram 473, em 440 jogos oficiais. Cometeu a proeza de marcar 32 golos em 17 jogos consecutivos, tendo ainda conseguido marcar seis golos no mesmo jogo em três ocasiões. O guarda-redes que mais golos seus sofreu foi Américo, do FC Porto (17).

Jogou no Benfica até 1975, tendo depois actuado ainda em clubes da América do Norte, no Beira Mar e no União de Tomar – esta última uma breve experiência que durou até Março de 1978, após o que regressou aos EUA para tentar uma efémera experiência no futebol indoor.

Participou em 64 jogos da selecção de Portugal, pela qual se estreou em 8 de Outubro de 1961.

No Mundial de 1966, em Inglaterra, em que Portugal foi o  terceiro classificado, venceu o troféu destinado ao melhor marcador da prova, com nove golos, e foi considerado o melhor jogador da competição.

Ficou célebre a sua actuação no jogo com a Coreia do Norte, dos quartos-de-final desse mundial, em que marcou quatro golos, contribuindo decisivamente para a vitória de Portugal a por 5-3, depois ter estado a perder por 0-3. "Foi o meu dia", recordou mais tarde,quando, no Mundial de 2010, na África do Sul, a equipa portuguesa voltou a defrontar a asiática.

 
 
 

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