José Manuel Fernandes lidera diário online Observador

David Dinis será o director.

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José Manuel Fernandes, antigo director do PÚBLICO, confirmou ainda que David Dinis, até agora editor de política do semanário Sol, será o director do Observador, que o historiador Rui Ramos será coordenador do Conselho Editorial e que Diogo Queiroz de Andrade será o director criativo.

Nesta sexta-feira, vários nomes foram sendo avançados pela imprensa sobre os investidores do novo projecto, entre os quais António Carrapatoso, Alexandre Relvas, João Talone, Filipe de Botton e Luís Amaral.

A Lusa confirmou ainda que Carlos Moreira da Silva, presidente da empresa portuguesa BA Vidro e que foi fundador e primeiro presidente do PÚBLICO, também será investidor do projecto.

Questionado porque avançou como investidor do Observador, Carlos Moreira da Silva disse que isso resultou da "percepção de que o caminho é digital e online".

"Acho que o projecto do José Manuel Fernandes e da equipa dele têm uma visão diferente", nomeadamente com o objectivo de "ser online e ter opinião".

Este é um "misto de investimento e de apoio a um projecto que é muito bom para Portugal", acrescentou.
Carlos Moreira da Silva recordou ainda que o lançamento do Público foi "uma pedrada no charco" e que também o Observador "pode ser um projecto que rompe" no mercado.

O diário online já tem uma página experimental (www.observador.pt) onde se define como um meio de comunicação digital 100% português e que nasce "sem os condicionamentos do papel e assume o seu carácter inovador".

"O Observador aproveita a oportunidade de nascer num momento de crise e de mudanças", lê-se na referida página, em que o novo projecto se classifica como "independente", mas com um ponto de vista editorial: "defende sem ambiguidades a democracia representativa, a economia de mercado e uma sociedade aberta e global – por isso estimulará debates públicos e não hesitará em tomar posição".

Ainda segundo a mesma informação, o Observador garante que irá sempre reportar a verdade, tendo a transparência e a ética como princípios normativos.

"Se e quando errarmos seremos rápidos a reconhecer e a corrigir. Sabemos que a credibilidade é a chave de um bom trabalho, e que o jornalismo hoje é principalmente uma conversa com os leitores", lê-se na página experimental.