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“Ligeiras melhoras” de Schumacher após segunda operação

Alemão continua em perigo, mas médicos ganharam tempo.

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Reuters

“A situação está mais controlada do que ontem, mas não podemos dizer que ele está livre de perigo”, disse Jean-François Payen, anestesista-chefe do Hospital Universitário de Grenoble. “Ganhámos algum tempo, mas temos de continuar em vigilância.”

Schumacher foi sujeito a uma segunda operação, que permitiu aliviar a pressão intracraniana. A intervenção foi realizada durante a noite e durou duas horas. O exame realizado na manhã desta terça-feira permitiu concluir que houve "ligeiras melhorias", revelaram os médicos, em conferência de imprensa.

Emmanuel Gay, chefe do serviço de neurocirurgia do hospital, explicou que os médicos decidiram realizar a segunda intervenção depois de verificarem, num exame realizado segunda-feira à tarde, uma ligeira redução no hematoma situado no hemisfério direito do cérebro. "Este hematoma já existia", mas até então "estava fora de questão operá-lo", explico.

Payen sublinhou, no entanto, que é ainda impossível fazer um prognóstico sobre a evolução do estado de saúde do antigo piloto de Fórmula 1. As outras lesões existentes no cérebro "não nos permitam prever mais além de que ele vai continuar a estar sob vigilância hora a hora", afirmou o médico, acrescentando que qualquer transferência de hospital neste momento "seria muito perigosa".

"Não é possível dizer 'isto está ganho'. O que podemos dizer é que há altos e baixos e que ele está hoje um pouco melhor do que ontem e que, no conjunto das últimas 24 horas, está melhor do que no início. Mas temos de continuar a ser realistas", acrescentou o neurocirurgião Gérard Saillant, amigo pessoal de Schumacher, em resposta às dezenas de jornalistas enviados a Grenoble para seguir a par e passo a situação clínica do antigo campeão.

No domingo, o ex-piloto de Fórmula 1, de 44 anos, embateu com a cabeça numa rocha, quando esquiava fora da pista da estância de Méribel, nos Alpes franceses. Schumacher usava capacete, mas este partiu-se em dois - o procurador de Albertville abriu uma investigação para apurar as causas do acidente.

Inicialmente, o director da estância de esqui disse que o acidente não foi grave e que o alemão estava consciente, apesar de “abalado e um pouco aturdido”. Mas depois de ter sido transportado de helicóptero para o Hospital de Moûtiers (ver vídeo em baixo), Schumacher foi transferido para o Hospital Universitário de Grenoble, onde chegou em coma e com “um traumatismo craniano grave”.

 
 
 
 

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