PS compara mensagem de Passos a "conto de Natal"
"Nesta espécie de conto de Natal, sem ligação à realidade do dia a dia dos portugueses e sem qualquer consequência positiva para as suas vidas, as lágrimas de crocodilo do primeiro-ministro não resolvem nada", afirmou o dirigente do PS, nesta quinta-feira, na sede do Rato, Lisboa.<_o3a_p>
António Galamba sugeriu que Passos Coelho "esqueceu-se ou omitiu deliberadamente que o Orçamento do Estado para 2014" contempla "mais cortes e mais austeridade, o que terá consequências negativas para a vida dos portugueses e das empresas".<_o3a_p>
"Se o primeiro-ministro estava verdadeiramente preocupado com o desemprego, a exclusão social e a pobreza, não deveria ter permitido que a maioria parlamentar PSD/CDS, ao longo dos últimos meses, tivesse chumbado tantas propostas que o PS apresentou nessa matéria", disse.<_o3a_p>
Relativamente à melhoria de alguns dados na economia portuguesa, defendida pelo líder do executivo, Galamba foi claro: "É mentira".<_o3a_p>
"O desemprego jovem não está a diminuir, está a aumentar. Ainda os dados que saíram na sexta-feira indicam que houve um aumento de 2,2% do desemprego jovem e que os desempregados com menos de 25 anos são, neste momento, 13% dos desempregados em Portugal", sublinhou.<_o3a_p>
O primeiro-ministro afirmara quarta-feira que a economia "começou a dar a volta" em 2013 e que "os melhores anos ainda estão para vir", embora reconhecendo ter sido um ano "muito exigente" e "difícil".
Cavaco não seguiu a máxima "mais vale prevenir..."
António Galamba sustentou ainda que o Presidente da República deveria prevenir em vez de remediar e pedir já a fiscalização do Orçamento do Estado ao Tribunal Constitucional. "Todos os portugueses sabem que quando temos um problema mais vale prevenir do que remediar. Infelizmente o Presidente da República não seguiu essa máxima. Nós lamentamos que tenha sido assim", afirmou.
Apesar de reconhcer que "este é o tempo do Presidente", António Galamba lembrou que o PS defendeu que o debate parlamentar em torno do Orçamento "devia ter sido antecipado". E defendeu que "era desejável uma fiscalização preventiva porque era importante para o país que as coisas tivessem sido clarificadas". "Não havendo fiscalização preventiva [o PS] a seu tempo suscitará a constitucionalidade ou não de algumas normas que constam do Orçamento", afirmou o socialista.
Cavaco Silva pode promulgar o diploma e pedir a fiscalização sucessiva de algumas normas tal como aconteceu relativamente ao Orçamento do Estado para 2014.
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