Polícia egípcia prende ex-primeiro-ministro de Morsi
Ex-governante terá tentado fugir para o Sudão, dizem autoridades.
Qandil foi preso no deserto, nos arredores do Cairo, "com um contrabandista, tentando fugir para o Sudão", depois de, no mesmo dia, ter havido um atentado que matou 14 pessoas, feriu cerca de uma centena e provocou o colapso parcial de um edifício da polícia, em Mansour, uma centena de quilómetros a Norte do Cairo, no Egipto.
No final de Setembro, o ex-governante foi condenado a um ano de prisão por não ter exigido o cumprimento de um veredicto que anulava a privatização de uma empresa pública nos anos 1990. A Justiça havia ordenado que fossem congelados os bens de Qandil, que ficou proibido de deixar o país.
Qandil fez parte de uma aliança de grupos favoráveis a Morsi em reuniões com mediadores europeus para tentar reduzir a tensão com as autoridades no poder no Egipto. Mas as tentativas fracassaram em Agosto, quando a polícia dispersou uma manifestação de partidários do primeiro presidente eleito democraticamente no Egipto em duas praças do Cairo, deixando centenas de mortos.
Milhares de muçulmanos foram detidos durante a campanha de repressão, entre eles quase todos os dirigentes da Irmandade Muçulmana, à qual pertence Morsi, e vencedores das eleições do fim de 2011.