Em comunicado, o Ministério da Defesa diz que os atacantes, que ainda não foram identificados, aproveitaram estarem a ser realizadas obras naquele local para concretizar o atentado. Embora não explique como, o ministério diz que os trabalhadores foram usados para aquele efeito. "A situação está controlada", diz o comunicado. Testemunhas disseram que alguns dos atacantes usavam fardas do exército e que esses chegaram num segundo veículo.

Nos últimos dois anos, a Al-Qaeda na Peninsula Arábica, uma das várias formas da rede terrorista fundada por Bin Laden,  tem feito atentados contra edifícios governamentais em Sana; o ataque desta quinta-feira foi o mais grave em 18 meses.

As testemunhas ouvidas pelas agências noticiosas disseram que a explosão foi sentida em todo o bairro velho de Sana. "O ataque foi pouco depois de ter começado o dia de trabalho. Um bombista suicida entrou com o carro para dentro dos portões", disse uma fonte do Ministério da Defesa. "Foi uma explosão muito violenta, abanou tudo e ficou uma grande nuvem de fumo cor-de-rosa".

O Iémen tem um governo interino. O país está em desagregação e em guerra permanente desde a revolta de 2011 que levou à deposição de Ali Abdallah Saleh da presidência, que ocupava há três décadas. Há um movimento separatista armado no Sul, uma rebelião no Norte (os houthi) e grupos ligados à Al-Qaeda que operam em todo o país. Os grupos foram conquistando cidades que o governo interino tem vindo a reconquistar.

No ano passado, um grupo da Al-Qaeda matou 90 pessoas num atentado em Sana contra militares que ensaiavam para uma parada.