Prémio de consolação está garantido, mas o jackpot ainda pode sair
O Benfica esteve matematicamente eliminado da Champions, mas obteve a primeira vitória da história no terreno do Anderlecht. Liga Europa está assegurada.
Os últimos minutos foram, nesta quarta-feira, amigos da equipa de Jorge Jesus, a mesma que na temporada passada sofreu várias desilusões nas rectas finais de algumas partidas – como por exemplo o golo de Kelvin que derrotou o Benfica na penúltima jornada e colocou o FC Porto na liderança no campeonato passado, e o golo de Ivanovic que abateu o Benfica na final da Liga Europa. Agora, Rodrigo, no último minuto do tempo regulamentar, deu a vitória aos “encarnados”. E, em Paris, Cavani marcou no mesmo minuto para garantir a vitória do Paris Saint-Germain sobre o Olympiacos. A conjugação dos resultados ditou que as “águias” passassem de eliminadas da Liga dos Campeões para uma posição de esperança na ida à próxima fase da Champions. Não será fácil, mas pelo menos continua a ser possível.
Sílvio estava na equipa titular mas acabou por ser ausência de última hora, devido a lesão. Jorge Jesus teve de apostar em dois defesas laterais novos relativamente à partida frente ao Sporting de Braga, com Maxi Pereira à direita e André Almeida à esquerda – Sílvio e Siqueira tinham sido titulares frente aos minhotos. Ainda em relação ao triunfo sobre o Sp. Braga, Djuricic saiu da equipa, cedendo a vaga a Fejsa.
Com um meio-campo preenchido por elementos com vocação maioritariamente defensiva (Matic, Fejsa e Enzo Pérez), o Benfica demorou a assumir o comando da partida. O futebol “encarnado” era lento e previsível, sucedendo-se os passes errados. O domínio repartido deu ânimo ao Anderlecht, uma equipa que nas duas partidas anteriores em casa, para a Champions, tinha sofrido oito golos e não marcara nenhum.
A espera acabou e os adeptos belgas viram a equipa marcar: após um primeiro aviso de Massimo Bruno que Artur desviou para canto, apareceu o golo. A bola foi lançada para a área, onde Mbemba inaugurou o marcador após superar a oposição de Luisão. As culpas no lance são repartidas entre o defesa brasileiro, que não conseguiu tirar a bola ao adversário, e Artur, que demorou a sair da baliza.
Mas, paulatinamente, o Benfica começou a sentir-se confortável na partida, assumindo o comando. E restabeleceu a igualdade no marcador ainda antes do intervalo, na sequência de um lance de bola parada. Enzo Pérez marcou o livre e, com uma movimentação colectiva inteligente, o Benfica libertou Matic para o cabeceamento. O defesa do sérvio ficou para trás e a bola foi para o fundo da baliza.
A vantagem “encarnada” chegou no início da segunda parte, graças a um autogolo de Mbemba. Enzo Pérez colocou a bola em Gaitán, cujo remate foi desviado para a própria baliza pelo defesa congolês. Só que o Anderlecht não baixou os braços e Massimo Bruno fez o 2-2, com um belo remate de primeira, sem hipóteses para Artur.
Em Paris, o Olympiacos fazia o 1-1 frente ao Paris Saint-Germain, e a conjugação dos dois resultados deixava os “encarnados” matematicamente fora da Liga dos Campeões. Mas dois golos em cima da hora reacenderam a esperança benfiquista: Rodrigo, num contra-ataque rápido, fez o 3-2 para o Benfica. E Cavani garantiu a vitória dos parisienses. O sonho de jogar a final da Liga dos Campeões no Estádio da Luz segue vivo.
Grupo C
Anderlecht-BENFICA, 2-3
PSG-Olympiacos, 2-1
Classificação
1.º Paris Saint-Germain 5 jogos/13 pontos
2.º Olympiacos 5 jogos/7 pontos
3.º BENFICA 5 jogos/7 pontos
4.º Anderlecht 5 jogos/1 pontos
Última jornada (10 Dezembro)
BENFICA-Paris Saint-Germain
Olympiacos-Anderlecht