PSD diz que propostas do PS são "populistas" e "irrealistas"

Partido terá eleições directas para líder a 25 de Janeiro e congresso a 21, 22 e 23 de Fevereiro de 2014.

Foto
Marco António Costa Nuno Ferreira Santos

À margem da comissão política do PSD, que decorreu esta quarta-feira na sede do partido, Marco António Costa veio dizer que "é abusivo" o PS assumir que a aprovação de propostas é um "teste à vontade de consenso do Governo" quando os socialistas é que têm "recusado" o diálogo e classificam o Orçamento do Estado como "irreformável" e que não merecia aprovação. "As propostas [do PS] são uma tentativa populista aos olhos da opinião pública", afirmou, acrescentando que as considera "irrealistas e infundadas do ponto de vista da neutralidade orçamental". Como exemplo deu as Parcerias Público-Privadas sobre as quais o PS propôs uma taxa e que o PSD considera inviável.

Apesar de referir que o PSD irá analisar as propostas – que começam esta quinta-feira a ser discutidas na especialidade –, Marco António Costa deu a entender que pouca ou nenhuma margem haverá para viabilizar medidas pretendidas pelo PS. "O Orçamento do Estado é concebido com enormes constrangimentos", afirmou, frisando que as propostas têm de garantir a "neutralidade orçamental".

A viabilização de propostas do Orçamento mas também o IRC (que está em fase de debate parlamentar) e o salário mínimo foram questões salientadas esta terça-feira por António José Seguro, líder do PS, como "um teste à vontade de consenso do Governo".

O coordenador do da comissão permanente do PSD deu ainda uma nota de congratulação pela decisão da Irlanda de sair do programa de resgate sem programa cautelar, mas não fez qualquer referência ao desfecho da situação portuguesa.

A propósito da mensagem que o social-democrata António Capucho enviará à conferência impulsionada por Mário Soares, Marco António Costa recusou a ideia de que a social-democracia "ande perdida". "Quem anda perdido não é o PSD nem a social-democracia. Ela está presente neste governo e neste Orçamento do Estado", respondeu, referindo-se ao não congelamento das pensões mínimas e rurais ao contrário do que aconteceu "quando o PS era Governo". Marco António Costa, que disse desconhecer o conteúdo da mensagem de Capucho, sustentou que se "tem garantido aqui total fidelidade aos princípios fundadores do PSD, nomeadamente o humanismo e a solidariedade".

No plano interno do partido, o porta-voz deu conta da marcação de datas para as eleições directas para Presidente do PSD – 25 de Janeiro de 2014 – e para o congresso agendado para 21, 22 e 23 de Fevereiro. As datas serão discutidas num conselho nacional agendado para dia 10 de Dezembro.

 
 
 
 

Sugerir correcção
Comentar