PS exige “regresso pleno aos mercados” depois de Julho de 2014
Socialistas reagem a anúncio do fim do resgate na Irlanda sem programa cautelar exigindo o mesmo para Portugal.
Para os socialistas, depois do sucesso irlandês, qualquer programa de assistência, seja cautelar ou segundo resgate, representará um falhanço: “Outro programa será a medida do falhanço da aplicação deste [actual] programa”, afirmou Eurico Dias na sede do Partido Socialista (PS).
A meta foi definida pelo dirigente político depois de classificar o anúncio do primeiro-ministro irlandês como um “sucesso”. Mas fê-lo para assinalar as diferenças em relação ao conduto dos dois executivos. Lembrou que o Governo irlandês “protegeu o carácter distinto da sua economia”, do “carácter distinto da sua taxa de IRC” e apostou no “crescimento económico”, assinalando o facto de no Orçamento para 2014 ter recusado “toda a austeridade que a troika queria impor”.
As comparações com a equipa de Passos Coelho continuaram com a referência ao envolvimento da sociedade no esforço de recuperação. E também assinalando que “desde 2011 [a Irlanda] tem um documento de reforma do Estado, quantificado com medidas concretas”.
Por isso, caso um novo programa se viesse a confirmar, o Governo “deverá assumir as suas responsabilidades”: “Se o Governo tiver de negociar um novo pacote, não me parece que tenha as condições para o fazer em nome do país”, rematou Eurico Dias.